Invest

Ibovespa fecha em queda repercutindo inflação nos EUA e dados do emprego do Brasil

O volume financeiro do dia foi de R$ 22,6 bilhões. Na semana, o principal índice da bolsa acumula alta de 1,27%

Ibovespa: mercado repercute PCE dos EUA, Caged e Pnad Contínua do Brasil (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: mercado repercute PCE dos EUA, Caged e Pnad Contínua do Brasil (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 27 de setembro de 2024 às 10h45.

Última atualização em 27 de setembro de 2024 às 17h22.

O Ibovespa fechou, na sessão desta sexta-feira, 27, em baixa de 0,21% aos 132.730 pontos, com o mercado repercutindo os dados da inflação nos Estados Unidos abaixo do esperado, além dos dados de emprego no Brasil, que mostram que o mercado de trabalho está aquecido. O volume financeiro do dia foi de R$ 22,6 bilhões. Na semana, o principal índice da bolsa acumula alta de 1,27%.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,21% aos 132.730 pontos

O destaque do dia foi a divulgação do Índice de Preço de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês). O índice cheio desacelerou para 0,1% em agosto e perdeu força na leitura anual, de 2,5% para 2,2%. O consenso do mercado apontava para uma alta mensal de 0,1% e um avanço de 2,3% na comparação anual.

Já o núcleo do PCE, métrica favorita do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e que exclui variações de preços de alimentos e energia, considerados mais voláteis, desacelerou para 0,1% em agosto ante julho. Os analistas previam que o indicador repetisse a alta de 0,2% do mês anterior.

Em 12 meses, o núcleo avançou para 2,7% até agosto, ante os 2,6% observados em julho, em linha com as projeções. A renda pessoal, por sua vez, subiu para 0,2% em agosto, ante expectativas de 0,4%. Por fim, os gastos com consumo subiram 0,2% em agosto ante julho, frente a previsão de 0,3%.

Segundo Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, os gastos, a renda e o núcleo do PCE, todos abaixo do esperado, podem ser considerados dados ruins, mas que de certa forma são bons.

“Negativo porque está reduzindo. E positivo porque mostra que o Fed americano pode, sim, continuar reduzindo os juros e até fazer uma redução mais forte”, pontua.

Antes da divulgação dos números pelo Departamento do Comércio, por volta das 7h40, a plataforma FedWatch, do CME Group, registrava 47,3% de chance de um corte de 50 pb nos juros na reunião de novembro. Após, esse número saltou para 56,7%, se tornando a maioria.

Aqui, destaque para a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), que registrou uma taxa de desemprego em 6,6%, a menor taxa para um trimestre encerrado em agosto na série histórica iniciada em 2012; e para o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registrou um saldo líquido de emprego formal de 232.512 vagas em agosto, frente o consenso de 241 mil.

Dólar hoje

O dólar opera em queda de 0,12%, sendo negociado a R$ 5,437. Na última sessão, a moeda havia caído 0,59%, cotada a R$ 5,443.

Como é calculado o índice Bovespa?

O principal índice de ações da bolsa brasileira, a B3, é o Ibovespa, calculado em tempo real com base na média ponderada de uma carteira teórica de ativos. Cada ativo possui um peso na composição do índice.

O Ibovespa funciona como um termômetro do desempenho consolidado das principais ações no mercado, onde cada ponto do Ibovespa equivale a 1 real. Portanto, se o Ibov está em 100 mil pontos, significa que o preço da carteira teórica das ações mais negociadas é de R$ 100 mil.

Que horas abre e fecha a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o aftermarket acontece entre 17h25 e 17h45. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 16h55.

Acompanhe tudo sobre:IbovespaDólarbolsas-de-valores

Mais de Invest

Banco Central comunica vazamento de dados de clientes da Caixa

Quais são os seis tipos de dólar que existem?

Data-com Taesa: veja até quando investir para receber os proventos

Trump não deverá frear o crescimento da China, diz economista-chefe do Santander