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Ibovespa fecha em leve queda após sessão volátil e perde 3,85% na semana

O Ibovespa caiu 0,2 por cento, a 83.118 pontos, após oscilar da mínima de 82.745 pontos à máxima de 83.670 pontos

Ibovespa: volume financeiro somou 11,5 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: volume financeiro somou 11,5 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 4 de maio de 2018 às 17h27.

Última atualização em 4 de maio de 2018 às 17h47.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou em leve queda nesta sexta-feira, após sessão volátil, tendo como pano de fundo ganhos em Wall Street e com investidores também repercutindo resultados corporativos e o cenário eleitoral no país.

O Ibovespa caiu 0,2 por cento, a 83.118 pontos, após oscilar da mínima de 82.745 pontos à máxima de 83.670 pontos. O volume financeiro somou 11,5 bilhões de reais. Na semana, contudo, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 3,85 por cento.

Em Nova York, o S&P 500 subiu 1,28 por cento, com o avanço de ações de tecnologia liderado pela Apple, enquanto dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos aliviaram preocupações sobre um aumento mais rápido dos juros.

O governo norte-americano divulgou criação de emprego mais branda que a esperada em abril, mas a taxa de desemprego caiu para a mínima em quase 17 anos e meio, a 3,9 por cento. A renda média por hora subiu 0,1 por cento.

Na visão de agentes financeiros, os números não alteraram as apostas sobre a trajetória esperada para a política monetária norte-americana, com as previsões já contemplando dois aumentos e a possibilidade de uma terceira alta do juro nos EUA.

Mais cedo, profissionais da área de renda variável citaram uma cautela maior com emergentes em geral, com preocupações sobre o aumento dos juros pelo Federal Reserve (banco central dos EUA) amplificando questões internas desses países.

Para o chefe da mesa de renda variável da CM Capital Markets, Fabio Carvalho, o Ibovespa só não acompanhou a melhora de Wall Street em razão do quadro político indefinido no qual o país se encontra.

O último pregão da semana também foi marcado pela divulgação da última prévia do Ibovespa, que passa a vigorar a partir de segunda-feira, e confirmou as entradas de B2W, CVC Brasil e Gol.

Destaques

- LOJAS RENNER ON valorizou-se 5,43 por cento, em meio à repercussão favorável do balanço do primeiro trimestre, quando teve alta de 66 por cento no lucro, com crescimento de mais de 6 por cento nas vendas no conceito mesmas lojas.

- CEMIG PN subiu 3,14 por cento, tendo no radar elevação da sua nota de crédito pela Fitch e eleição de Adézio de Almeida Lima para presidente do conselho de administração da elétrica mineira.

- VALE ON fechou em alta de 1,24 por cento, apesar do recuo dos preços do minério de ferro à vista na China. A ação superou o Itaú na última prévia da carteira teórica do Ibovespa e agora detém a maior participação no composição do índice.

- TIM ON subiu 0,65 por cento. No noticiário, Vivendi afirmou nesta sexta-feira que deixou de controlar a Telecom Italia, que controla a companhia brasileira. O fundo ativista Elliot assegurou dois terços dos assentos no conselho de administração da Telecom Italia após assembleia de acionistas, superando a Vivendi.

- RD ON caiu 3,64 por cento, entre as maiores quedas, após divulgar nesta semana resultado mais fraco do que as expectativas do mercado. Em 2018, o recuo dos papéis já alcança cerca de 30 por cento.

- PETROBRAS PN cedeu 0,8 por cento e PETROBRAS ON perdeu 1,73 por cento, apesar da alta do petróleo, tendo no radar noticiário rico relacionado à petroleira, incluindo que o governo quer ter posição sobre cessão onerosa dentro do prazo.

- ITAÚ UNIBANCO PN fechou em baixa de 1,17 por cento, enquanto BRADESCO PN fechou com variação positiva de 0,09 por cento.

- BANCO INTER UNIT, que não está no Ibovespa, caiu 6,02 por cento, após liquidaçao do Banco Neon pelo Banco Central por comprometimento da situação econômico-financeira e violações às normas legais. Também no radar esteve notícia do blog TecMundo de que dados de clientes do Inter vazaram. Consultado pela Reuters, o banco disse que foi vítima de tentativa de extorsão e que imediatamente constatou que não houve comprometimento da segurança no ambiente externo e nem dano à sua estrutura tecnológica.

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