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Ibovespa fecha praticamente estável, de olho em política

A agenda política desta semana inclui a tentativa do governo de obter aval do Congresso para as novas metas de déficit primário

B3: o governo ainda tenta votar a Medida Provisória da renegociação de dívidas tributárias, o Refis (Patricia Monteiro/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 18h02.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou quase estável nesta segunda-feira, após subir mais de 3 por cento na semana passada, com investidores evitando grandes movimentos à espera da aprovação legislativa das novas metas fiscais do governo e da conclusão da votação da Taxa de Longo Prazo (TLP).

O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,08 por cento, a 71.016 pontos. Nas pontas, o índice subiu 0,44 por cento no melhor momento e recuou 0,23 por cento na mínima.

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O giro financeiro do pregão somou 6,34 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês, de 8,9 bilhões.

A agenda política desta semana inclui a tentativa do governo de obter aval do Congresso para as novas metas de déficit primário deste ano e do próximo, que precisam ser aprovadas até quinta-feira.

No caso da TLP, a Câmara dos Deputados ainda vai apreciar destaques antes de enviado o projeto para o Senado, onde precisa ser apreciado até 6 de setembro.

Além disso, o governo ainda tenta votar a Medida Provisória da renegociação de dívidas tributárias, o Refis, embora ainda não tenha obtido acordo sobre o texto a ser votado.

O presidente Michel Temer convocou uma reunião ministerial para esta segunda-feira para acertar a agenda do governo e as votações prioritárias durante a semana que estará fora do país, em visita oficial à China.

"O mercado está olhando muito essas questões no Congresso, se vão ou não passar e como", disse o economista da corretora Guide Investimentos, Ignacio Crespo Rey.

Destaques

- JBS ON ganhou 2,48 por cento, após homologação do acordo de leniência da controladora J&F na semana passada ediante das expectativas pela assembleia geral extraordinária, que acontece na sexta-feira. Entre os assuntos, os acionistas devem votar sobre o pedido do BNDES para afastamento de Wesley Batista da presidência da JBS. Nesta segunda-feira, a empresa informou que a maioria do conselho decidiu pela manutenção de Wesley Batista na presidência da companhia.

- BRASKEM PNA avançou 1,8 por cento, após o Citi elevar o preço-alvo dos papéis da empresa para 48 reais, ante 43 reais, avaliando que os spreads de polímeros serão menos negativos do que o previsto anteriormente.

- ECORODOVIAS ON subiu 2,71 por cento e CCR ON avançou 0,62 por cento, favorecidas pela tendência de queda nos juros básicos, com economistas na pesquisa Focus do Banco Central vendo a Selic fechando este ano em 7,25 por cento. Além disso, também no radar está o pacote de concessões do governo, com a possibilidade de participação das empresas.

- VALE ON teve alta de 1,57 por cento, apesar da queda nos contratos futuros do minério de ferro na China. No radar estava a oferta para aquisição de bônus com vencimento em 2020 e resgate total de títulos com vencimento em 2019, o que ajuda a reduzir a despesa financeira da empresa.

- PETROBRAS PN teve variação negativa de 0,07 por cento e PETROBRAS ON teve baixa de 0,55 por cento, cedendo à pressão da queda dos preços do petróleo no mercado internacional. No entanto, ajudando a limitar o impacto negativo da commodity na ação estavam os planos de desinvestimentos da petroleira, diante do início do processo para vender 50 campos terrestres no Nordeste.

- CEMIG PN perdeu 1,98 por cento, tendo no radar a expectativa referente a usinas cujos contratos venceram e o governo federal tentar levar a leilão no final de setembro, enquanto a Cemig busca meios de manter essas usinas.- ELETROBRAS ON caiu 1,57 por cento, num ajuste após fortes ganhos na semana passada com o anúncio de planos de privatização da estatal. Apenas na sessão seguinte ao anúncio, a papel subiu quase 50 por cento. Já ELETROBRAS PNB reverteu as perdas de mais cedo e subiu 0,37 por cento.

- CARREFOUR BRASIL ON, que não faz parte do Ibovespa, subiu 4,28 por cento. O Santander iniciou a cobertura das ações da empresa de varejo, com recomendação "overweight" e preço-alvo a 19 reais.

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