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Ibovespa fecha no menor nível desde janeiro com exterior e greve

O principal índice de ações da B3 caiu 1,53 por cento, a 78.897 pontos, menor fechamento desde 10 janeiro

Ibovespa: volume financeiro somou 12,295 bilhões de reais (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 25 de maio de 2018 às 17h10.

Última atualização em 25 de maio de 2018 às 18h20.

São Paulo - As ações brasileiras caíram pelo terceiro pregão seguido nesta sexta-feira, com o Ibovespa fechando no menor patamar desde janeiro, em meio a um ambiente externo negativo e com a greve dos caminhoneiros adicionando preocupações, dado o impacto em operações de diversas companhias e no quadro político.

O principal índice de ações da B3 caiu 1,53 por cento, a 78.897 pontos, menor fechamento desde 10 janeiro. O volume financeiro somou 12,295 bilhões de reais.

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Na semana, o Ibovespa caiu 5,03 por cento.

No exterior, o norte-americano S&P 500 fechou em baixa de 0,23 por cento em Wall Street, enquanto o dólar se fortaleceu em relação a um cesta de moedas e as commodities recuaram, com o contrato de petróleo Brent caindo mais de 3,2 por cento.

No Brasil, os protestos de caminhoneiros contra a alta do diesel entraram no quinto dia, atingindo 24 Estados e o Distrito Federal, afetando também alguns portos, incluindo o de Santos (SP), o maior e mais importante do país, mesmo após o anúncio na véspera de um acordo entre a categoria e o governo.

"O que parecia uma questão muito específica ao preço do diesel se transformou em um evento político maior", afirmou o presidente da Bradesco Asset Management, Andre Carvalho, acrescentando que o evento adicionou incertezas.

Dados de fluxo continuaram mostrando saída de estrangeiros da bolsa, com o saldo negativo em maio acumulado até o dia 23 alcançando quase 4 bilhões de reais.

No ano, o Ibovespa ainda contabiliza alta de 3,26 por cento, mas, mesmo após a queda de 8,4 por cento em maio.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 1,39 por cento e PETROBRAS ON recuou 0,73 por cento, após terem despencado cerca de 14 por cento na véspera. Investidores analisavam os termos do acordo do governo com caminhoneiros e ainda enxergavam incerteza elevada em relação à companhia, principalmente a vulnerabilidade à interferência governamental. Também no radar estavam rumores sobre possível saída de Pedro Parente da presidência-executiva da empresa, depois negados pela estatal.

- VALE caiu 1,87 por cento, conforme o preço do minério de ferro voltou a recuar na China. Na esteira, BRADESPAR PN, que concentra seus investimentos na mineradora, recuou 2,79 por cento.

- USIMINAS PNA perdeu 6,15 por cento, liderando a lista de maiores baixas do Ibovespa, em sessão negativa para o setor siderúrgico. CSN caiu 5 por cento e GERDAU PN recuou 4,17 por cento

- LOJAS AMERICANAS PN cedeu 3,07 por cento, em movimento acompanhado por outras ações de companhias de varejo, com o setor já sentindo o efeito da greve dos caminhoneiros no fornecimento dos produtos. Para a equipe da Brasil Plural, os impactos da greve dependerão de sua duração.

- BRADESCO PN perdeu 1,99 por cento, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,88 por cento, revertendo alta da abertura, quando repercutiu proposta de desdobrar em 50 por cento as atuais ações do banco.

- GOL PN subiu 1,7 por cento, com o recuo dos preços do petróleo no exterior apoiando alguma recuperação, depois de acumular queda de 37 por cento em maio até a véspera.

- JBS avançou 1,26 por cento. No mês, a alta já supera 10 por cento. A companhia é beneficiada pela valorização do dólar ante o real, uma vez que parcela relevante da receita é na moeda norte-americana.

- SABESP subiu 0,38 por cento, após a companhia paulista de saneamento apresentar um recurso administrativo à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) pedindo reconsideração do resultado final da segunda revisão tarifária, que ficou aquém das expectativas da empresa.

 

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