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Ibovespa recua, mas busca por barganhas sustenta patamar de 83 mil pontos

O índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 0,65 por cento, a 83.081 pontos

Ibovespa: na semana, o índice acumulou queda de 2,5 por cento (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: na semana, o índice acumulou queda de 2,5 por cento (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 18 de maio de 2018 às 17h12.

Última atualização em 18 de maio de 2018 às 17h38.

São Paulo - A bolsa brasileira fechou em baixa nesta sexta-feira, tendo como pano de fundo um quadro desfavorável a mercados emergentes, mas o Ibovespa encerrou longe das mínimas em meio à busca por barganhas após quedas mais fortes na primeira etapa do pregão.

O índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 0,65 por cento, a 83.081 pontos. No pior momento, contudo, tocou 2,67 pontos, em queda de 81.390 por cento.

O volume financeiro no pregão foi novamente forte e somou 17,7 bilhões de reais, contra uma média diária de 13 bilhões de reais em maio e 11 bilhões de reais em 2018.

Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 2,5 por cento, ampliando as perdas no mês para 3,5 por cento e reduzindo a alta no ano para 8,7 por cento.

"Fizeram uma pescaria nessa bolsa agora à tarde", afirmou um gestor, destacando que vários papéis reduziram as perdas e vários passaram para o território positivo. "Foi um dia bem volátil", acrescentou.

As operações domésticas também foram influenciadas pelo movimento no câmbio, com o dólar chegando a disparar 2 por cento para 3,7774 reais, ajudando companhias como Suzano, que liderou as altas do Ibovespa.

No exterior, o índice MSCI para ações de mercados emergentes cedeu 0,62 por cento.

Estrategistas do UBS avaliam que o recente clima negativo nas ações de mercados emergentes decorre de uma rodada de alta de rendimentos de títulos e do dólar, que está tirando dinheiro de ativos arriscados, não uma crise, segundo nota a clientes.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,7 por cento contaminado pelo viés negativo com emergentes em geral, enquanto BRADESCO PN subiu 0,45 por cento, recuperando-se no final após cair mais de 4 por cento na mínima da sessão. Itaú caiu 3,4 por cento no pior momento. No ano, Itaú ainda sobe 10,95 por cento e Bradesco avança 2,6 por cento.

- PETROBRAS PN caiu 1,16 por cento e PETROBRAS ON terminou com variação negativa de 0,2 por cento, com noticiário relacionado a negociações da cessão onerosa no radar, bem como à queda do petróleo, embora o contrato Brent siga perto de 80 dólares o barril.

- GOL fechou em alta de 0,42 por cento, após cair mais de 6 por cento no começo da sessão, pressionada pelo fortalecimento do dólar e pela manutenção do brent ao redor de 80 dólares, variáveis que afetam os custos das empresas aéreas.

- MAGAZINE LUIZA caiu 3,9 por cento, com o setor de varejo e consumo sofrendo ainda em razão da decisão do Banco Central de interromper o ciclo de corte na taxa básica de juros, instrumento que vinha sendo visto como suporte para o segmento, dada a retomada ainda lenta da atividade econômica. No ano, a varejista ainda contabiliza alta de mais de 30 por cento.

- SUZANO subiu 3,98 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, uma vez que a receita da fabricante de papel e celulose é favorecida pela alta do dólar ante o real.

- JBS ganhou 1,72 por cento, também beneficiada pelo movimento no câmbio e pela decisão da Fitch de manter o rating da companhia em 'BB-' e retirar a observação negativa para a nota de crédito, com perspectiva estável.

(Edição de Aluísio Alves)

 

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