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Ibovespa fecha quase estável com EUA e política no radar; Kroton avança 5%

O Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,06 por cento, a 85.602 pontos

Ibovespa: volume financeiro do pregão somou 8,8 bilhões de reais, novamente abaixo da média do ano, de 11 bilhões de reais (Juan Mabromata/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 23 de abril de 2018 às 17h11.

Última atualização em 23 de abril de 2018 às 17h45.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou quase estável nesta segunda-feira, em dia de alta nos rendimentos dos Treasuries e da permanente incerteza eleitoral no Brasil, enquanto Kroton subiu 5 por cento após a compra da Somos Educação , que disparou 50 por cento.

O Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,06 por cento, a 85.602 pontos. O volume financeiro do pregão somou 8,8 bilhões de reais, novamente abaixo da média do ano, de 11 bilhões de reais.

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O gestor chefe da Garín Investimentos, Ivan Kraiser, atribuiu a fraqueza na bolsa brasileira à alta no rendimento dos Treasuries e indefinição política. "O mercado ficou de olho nos 3 por cento do Treasury", afirmou, acrescentando que esse movimento também fortaleceu o dólar.

O rendimento dos títulos de 10 anos do governo norte-americano chegou a subir para cerca de 3 por cento pela primeira vez desde janeiro de 2014, em meio a preocupações com a crescente oferta de dívida pública e a aceleração da inflação nos Estados Unidos.

A alta dos rendimentos dos Treasuries pesou também nos pregões em Nova York, o que, combinado com a piora das ações de tecnologia, contrabalançou o otimismo com a temporada de resultados corporativos nos EUA. O S&P 500 terminou estável e o Dow Jones cedeu 0,06 por cento.

No quadro doméstico, as primeiras pesquisas sobre a sucessão presidencial no país estão adicionando volatilidade, disse o gestor Marco Tulli Siqueira, da mesa de operações de Bovespa da Coinvalores, citando que as mesmas ainda sugerem um quadro nebuloso para as eleições.

Segundo ele, as pesquisas mostram ainda um cenário eleitoral indefinido, o que alimenta incerteza porque pode ganhar força um candidato que não tenha o pensamento tão alinhado com o do mercado. "Aí vem a famosa volatilidade", disse.

Destaques

- KROTON ON subiu 5,26 por cento, após anunciar a compra do controle da Somos Educação, da Tarpon, por 4,6 bilhões de reais, em sua segunda aquisição no segmento de educação básica em menos de um mês. A ação da Somos, que não está no Ibovespa, saltou 49,3 por cento, a 21,35 reais, recorde de fechamento. Tarpon avançou 28,97 por cento.

- PETROBRAS PN fechou com acréscimo de 0,54 por cento e PETROBRAS ON cedeu 0,33 por cento, apos perdas mais fortes mais cedo na sessão, conforme os preços do petróleo no mercado externo melhoraram .

- VALE ON caiu 0,27 por cento, apesar da alta do preço do minério de ferro à vista na China.

- BANCO DO BRASIL ON recuou 1,81 por cento, após analistas do JPMorgan cortarem a recomendação das ações para neutra. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,18 por cento, BRADESCO PN cedeu 0,03 por cento e Santander Brasil UNIT ganhou 0,9 por cento.

- HYPERA ON perdeu 5,6 por cento, após o jornal Valor Econômico publicar reportagem citando possível mudança no comando da companhia, em meio a investigações envolvendo a delação premiada de um ex-executivo da empresa. A farmacêutica negou alterações na diretoria.

- LOJAS AMERICANAS PN subiu 3,36 por cento, após comentários da equipe do BTG Pactual, de que o papel segue como uma das principais recomendações da casa para o ano, combinando melhora de resultado na divisão de lojas físicas com perspectiva muito favorável para a sua controlada B2W, voltada para o comércio eletrônico.

- ELETROPAULO ON avançou 6,32 por cento, tendo como pano de fundo notícia de companhias interessadas na aquisição da distribuidora de energia paulista deverão realizar conjuntamente em 18 de maio um leilão para execução das ofertas públicas de aquisição de ações (OPAs) da elétrica. Até o momento, três companhias apresentaram ofertas para comprar até a totalidade das ações da Eletropaulo em circulação.

- INTERMÉDICA ON fechou em alta de 22,73 por cento, a 20,25 reais, em sua estreia na B3 após precificar na semana passada sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) a 16,50 reais por ação, dentro de faixa indicativa de 14,50 reais a 17,50 reais por ação.

(Edição de Aluísio Alves)

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