Ibovespa sobe quase 2% e fecha na máxima em cinco semanas
O principal índice de ações da B3 subiu 1,96 por cento, a 75.856 pontos, encerrando próximo da máxima da sessão, de 75.897 pontos
Reuters
Publicado em 12 de julho de 2018 às 17h08.
Última atualização em 12 de julho de 2018 às 18h36.
São Paulo - O Ibovespa fechou em alta de quase 2 por cento nesta quinta-feira, na máxima em cinco semanas, favorecido pelo avanço de commodities e bolsas no exterior, com ações de companhias de mineração e siderurgia entre as maiores altas, embora o giro financeiro tenha sido novamente mais fraco.
O principal índice de ações da B3 subiu 1,96 por cento, a 75.856 pontos, encerrando próximo da máxima da sessão, de 75.897 pontos.
O volume financeiro totalizou 9,7 bilhões de reais, novamente abaixo da média do ano, de 11,7 bilhões de reais. Em julho, o giro médio diário está em 8,14 bilhões de reais. No mês anterior, foi de 13 bilhões de reais.
Profissionais da área de renda variável tem atribuído a menor liquidez ao começo da temporada de férias no Hemisfério Norte, além do quadro ainda bastante indefinido para as eleições no Brasil, economia doméstica debilitada e expectativa para o começo da temporada de resultados de segundo trimestre na próxima semana.
"O mercado aguarda novas notícias que possam gerar impacto para impulsionar o índice e melhorar o volume", disse o analista de ações Filipe Villegas, da corretora Genial.
Estrategistas do BTG Pactual chamaram atenção para o período das convenções partidárias entre os dias 20 de julho e 5 de agosto para decidir as coalizões e os candidatos que disputarão a eleição presidencial, "quando tudo começará a se desenhar".
Em nota distribuída pela corretora do banco, eles destacaram que em um sistema político fragmentado como o brasileiro, as coalizões são cruciais na corrida eleitoral.
Apesar da menor liquidez, o analista Leandro Martins, da Modalmais, vê uma tendência de recuperação na bolsa desde junho, quando o Ibovespa bateu a mínima do ano, apoiada por papéis que tinham ficado "largados" nos últimos meses, como as ações de bancos, que ajudam mais em razão do peso que tem no índice.
Desde a mínima de fechamento do ano, de 69.814 pontos, em 18 de junho, o Ibovespa já acumula elevação de 8,66 por cento, incluindo o desempenho desta quinta-feira.
Destaques
- USIMINAS PNA, CSN e GERDAU PN subiram 9,3, 5,81 e 5,44 por cento, respectivamente, tendo no radar que os futuros do vergalhão de aço na China chegaram a subir mais de 3 por cento nesta quinta-feira, para o maior nível em 10 meses, em meio a uma oferta potencialmente menor à medida que o governo chinês intensifica esforços conter a poluição do ar naquele país.
- VALE valorizou-se 3,25 por cento, na esteira da alta dos preços do minério de ferro à vista na China <.IO62-CNO=MB>, respondendo pela principal contribuição positiva para o Ibovespa em razão da relevante fatia que detém no índice.
- BRADESCO PN fechou em alta de 2,93 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,89 por cento, em dia de alta de bancos, com SANTANDER BRASIL UNIT valorizando-se 5,64 por cento e BANCO DO BRASIL subindo 1,91 por cento. O Credit Suisse divulgou prévia para os resultados do segundo trimestre dos bancos, afirmando que espera números de modo geral bons para o período.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiram 3,1 e 2,9 por cento, respectivamente, conforme os preços do petróleo Brent se recuperaram. Análise gráfica da Santander Corretora, divulgada logo cedo, afirmou que, após defenderem o suporte em 14,20 reais, as ações preferenciais da Petrobras iniciaram uma tendência altista de curto prazo.
- MAGAZINE LUIZA avançou 7,74 por cento, também na ponta positiva. A varejista informou na véspera que a agência de classificação de risco Standard and Poor’s elevou o rating da companhia para brAAA, com perspectiva estável, citando expectativa de melhor rentabilidade e geração de fluxo de caixa.
- SMILES caiu 1,49 por cento. O BTG Pactual divulgou prévia para o balanço da empresa de fidelidade no segundo trimestre, estimando resultado fraco pela desaceleração da tendência de crescimento em pontos resgatados e pela queda nos preços unitários, entre outros fatores. Eles calculam que a receita líquida ficará estável e que o lucro cairá.