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Ibovespa fecha acima dos 116 mil e volta a acumular ganhos no ano

Bancos e Vale sobem e puxam alta do principal índice da Bolsa

Bolsa: Ibovespa fecha em alta de 0,41% impulsionado por bancos e Vale (Cris Faga/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 5 de fevereiro de 2020 às 18h31.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2020 às 19h31.

São Paulo – Após enfrentar dois cisnes negros ( ataque norte-americano no Irã e o coronavírus ) e atravessar períodos de grande volatilidade, o mercado financeiro começa a voltar aos trilhos. Nesta quarta-feira (5), o Ibovespa subiu pela terceira vez consecutiva, em linha com as principais bolsas estrangeiras.  A alta, de 0,41%, fez o principal índice da B3 fechar em 116.028,27 pontos, revertendo as perdas acumuladas em janeiro.

“Os efeitos do coronavírus já vêm sendo mitigados. Acho que é questão de tempo para isso sair totalmente do radar dos investidores”, disse Luís Sales, analista da Guide Investimentos.

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Na Bolsa, a alta foi puxada pelas ações dos grandes bancos e da Vale. Após receber recomendação de compra do Itaú BBA, as ações do Banco do Brasil dispararam 4,46%, figurando entre as maiores valorizações do Ibovespa.

O Bradesco , que divulgou, hoje (5), o balanço do último trimestre de 2019, subiu 1,93% na Bolsa. No período, o banco teve lucro de 6,6 bilhões de reais. O mercado ficou agradado com a melhora na receita de serviços - frente em que o setor tem enfrentado maior acirramento da concorrência com o surgimento das fintechs. Itaú e Santander subiram 0,6% e 0,57%, respectivamente.

Os papéis das siderúrgicas, que tiveram fortes perdas com temores sobre os efeitos do coronavírus na economia, voltaram a subir nesta quarta. Com o alívio das tensões, a ação da Usiminas liderou as altas do Ibovespa, avançando 4,9%. Com maior peso no índice, a Vale teve apreciação de 1,38%. "É mais recuperação. Na semana passada, a Vale sofreu um movimento bastante negativo", afirmou Sales.

Pela manhã, o Ibovespa chegou a bater 117.700 pontos, mas acabou sendo pressionado pelas ações da Ambev e da Petrobras , que fizeram um trajetória de queda ao longo do dia e fecharam próximas das mínimas.

Na sessão, os papéis da Ambev caíram 2,27% tendo no radar a pesquisa da Nielsen Research, que aponta que o market share da companhia no Brasil caiu 2,3 p.p para 59,4%, perdendo espaço para as cervejarias Heineken e Petrópolis.

Embora seja uma das principais empresas do ramo, a Ambev vem sendo ameaçada não só pelo avanço dos principais concorrentes, como também pelo surgimento de cervejarias menores e até de bares que fazem sua própria cerveja. No ano, seus papéis acumulam desvalorização de 7,61%.

Já as ações ordinárias e preferências da Petrobras tiveram respectivas perdas de 0,88% e 0,84%. Na terça-feira (4), os papéis da estatal chegaram a subir mais de 2% tendo como pano de fundo a alta demanda follow-on programado para sexta-feira (7). Por outro lado, o petróleo subiu mais de 3%, registrando a maior apreciação desde o ataque que matou o general iraniano Qassem Soleimani, no começo de janeiro. Nas últimas duas semanas, a preocupação sobre os efeitos do coronavírus no consumo mundial de petróleo fez a commodity desvalorizar mais de 15%.

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