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Ibovespa encerra pregão em baixa; Eletrobras desaba 20%

O Ibovespa caiu 0,37 por cento, a 56.242 pontos, pressionado por ajustes após o feriado da véspera

Bovespa: o giro financeiro do pregão foi de 7,2 bilhões de reais (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 17h32.

São Paulo - A Bovespa recuou nesta quarta-feira, em uma sessão marcada pela queda histórica das ações da Eletrobras, com investidores temendo os impactos negativos da provável renovação antecipada de concessões elétricas sobre os resultados da estatal.

O Ibovespa caiu 0,37 por cento, a 56.242 pontos, pressionado por ajustes após o feriado da véspera. O giro financeiro do pregão foi de 7,2 bilhões de reais.

As ações preferenciais da Eletrobras afundaram 20,08 por cento, a 7,84 reais. Foi a maior queda diária da história do papel, para o menor preço desde agosto de 2003. Com isso, o papel acumulou baixa de 43,2 por cento em quatro pregões.

"É plenamente justificada essa queda das ações da Eletrobras", disse o analista Alexandre Furtado Montes, da Lopes Filho & Associados, no Rio de Janeiro.

Segundo ele, o efeito da provável renovação antecipada de concessões elétricas que vencem entre 2015 e 2017 --nos termos estipulados pelo governo-- será "devastador" para a Eletrobras que tem o próprio governo federal como controlador.

"Mesmo antes da MP 579, todos os indicadores da Eletrobras já eram piores que o de empresas privadas do setor. Agora tudo indica que ela terá fluxo de caixa negativo nos próximos anos", afirmou, referindo-se à medida provisória sobre renovação antecipada e condicionada de concessões elétricas que venceriam de 2015 a 2017.


A ação ordinária da Eletrobras afundou 15,7 por cento, a 6,75 reais. O tombo também foi considerável --a maior baixa diária de fechamento desde outubro de 1997, para a menor cotação desde setembro de 2003. Esse foi o quarto pregão seguido de queda para o papel, com desvalorização de quase 32 por cento no período.

Dentre as blue chips, OGX caiu 4,91 por cento, a 4,65 reais, após alta de 7,5 por cento na última sessão. A preferencial da Petrobras recuou 2,67 por cento, a 18,62 reais, e a da Vale subiu 1,06 por cento, a 35,44 reais.

O destaque de alta do Ibovespa na sessão ficou com as ações ordinárias da Marfrig e as preferenciais da Cesp, que subiram 4,78 e 3,35 por cento, respectivamente.

"Eu sou otimista em relação à bolsa no médio prazo, mas no curto prazo acho que vamos continuar sofrendo. Investidores estrangeiros tenderão a colocar menos dinheiro nas empresas que têm participação do governo", disse o sócio-diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso.

Na cena externa, os mercados acionários avançavam depois que líderes políticos europeus afirmaram que estão perto de fechar um acordo sobre a liberação de nova parcela de resgate à Grécia, embora investidores ainda mostrassem cautela.

Em Nova York, o índice Dow Jones subia 0,14 por cento e o S&P 500 tinha baixa de 0,06 por cento pouco depois do fechamento da bolsa paulista. Já o principal índice europeu de ações fechou em alta de 0,27 por cento.

Os mercados norte-americanos ficarão fechados na quinta-feira pelo feriado de Ações de Graças, o que pode limitar o volume de negociações na Bovespa.

A bolsa paulista fará reunião na quinta-feira com membros do mercado para discutir e decidir se manterá o atual horário de negociação da Bovespa.

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São Paulo - A Bovespa recuou nesta quarta-feira, em uma sessão marcada pela queda histórica das ações da Eletrobras, com investidores temendo os impactos negativos da provável renovação antecipada de concessões elétricas sobre os resultados da estatal.

O Ibovespa caiu 0,37 por cento, a 56.242 pontos, pressionado por ajustes após o feriado da véspera. O giro financeiro do pregão foi de 7,2 bilhões de reais.

As ações preferenciais da Eletrobras afundaram 20,08 por cento, a 7,84 reais. Foi a maior queda diária da história do papel, para o menor preço desde agosto de 2003. Com isso, o papel acumulou baixa de 43,2 por cento em quatro pregões.

"É plenamente justificada essa queda das ações da Eletrobras", disse o analista Alexandre Furtado Montes, da Lopes Filho & Associados, no Rio de Janeiro.

Segundo ele, o efeito da provável renovação antecipada de concessões elétricas que vencem entre 2015 e 2017 --nos termos estipulados pelo governo-- será "devastador" para a Eletrobras que tem o próprio governo federal como controlador.

"Mesmo antes da MP 579, todos os indicadores da Eletrobras já eram piores que o de empresas privadas do setor. Agora tudo indica que ela terá fluxo de caixa negativo nos próximos anos", afirmou, referindo-se à medida provisória sobre renovação antecipada e condicionada de concessões elétricas que venceriam de 2015 a 2017.


A ação ordinária da Eletrobras afundou 15,7 por cento, a 6,75 reais. O tombo também foi considerável --a maior baixa diária de fechamento desde outubro de 1997, para a menor cotação desde setembro de 2003. Esse foi o quarto pregão seguido de queda para o papel, com desvalorização de quase 32 por cento no período.

Dentre as blue chips, OGX caiu 4,91 por cento, a 4,65 reais, após alta de 7,5 por cento na última sessão. A preferencial da Petrobras recuou 2,67 por cento, a 18,62 reais, e a da Vale subiu 1,06 por cento, a 35,44 reais.

O destaque de alta do Ibovespa na sessão ficou com as ações ordinárias da Marfrig e as preferenciais da Cesp, que subiram 4,78 e 3,35 por cento, respectivamente.

"Eu sou otimista em relação à bolsa no médio prazo, mas no curto prazo acho que vamos continuar sofrendo. Investidores estrangeiros tenderão a colocar menos dinheiro nas empresas que têm participação do governo", disse o sócio-diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso.

Na cena externa, os mercados acionários avançavam depois que líderes políticos europeus afirmaram que estão perto de fechar um acordo sobre a liberação de nova parcela de resgate à Grécia, embora investidores ainda mostrassem cautela.

Em Nova York, o índice Dow Jones subia 0,14 por cento e o S&P 500 tinha baixa de 0,06 por cento pouco depois do fechamento da bolsa paulista. Já o principal índice europeu de ações fechou em alta de 0,27 por cento.

Os mercados norte-americanos ficarão fechados na quinta-feira pelo feriado de Ações de Graças, o que pode limitar o volume de negociações na Bovespa.

A bolsa paulista fará reunião na quinta-feira com membros do mercado para discutir e decidir se manterá o atual horário de negociação da Bovespa.

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