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Ibovespa encerra outubro no azul após leve alta

A Bovespa fechou com avanço tímido hoje, impulsionada pela recuperação da Vale

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: na semana, o índice perdeu cerca de 4 por cento mas, no mês, subiu 1,47 por cento (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2015 às 17h16.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta nesta sexta-feira, impulsionada pela recuperação das ações da Vale, mas a baixa de cerca de 10 por cento de BRF limitou ganhos.

O Ibovespa teve alta de 0,53 por cento, a 45.868 pontos. Na semana, o índice perdeu 3,63 por cento. O giro financeiro do pregão somou 6,8 bilhões de reais.

Em outubro, o índice acumulou ganho de 1,8 por cento, a maior alta mensal desde abril, mas ficou longe do desempenho de outros mercados. Os norte-americanos, por exemplo, estavam a caminho do melhor mês em quatro anos, com o S&P 500 subindo mais de 8 por cento em outubro. Para o economista-chefe da Modalmais, Álvaro Bandeira, isso demonstra os problemas que o Brasil atravessa, já trabalhando próximo da dominância fiscal, situação em que a desordem das finanças tira a capacidade de ação dos juros sobre a inflação. "(A alta desta sexta-feira) é um movimento meramente de retomada depois de tantas quedas seguidas, recuperação que não significa grande coisa. Os mercados continuam muito preocupados com as contas brasileiras", disse Bandeira.

Investidores também continuam cautelosos com a perspectiva de alta dos juros norte-americanos ainda neste ano, o que tende a desfavorecer mercados emergentes.

DESTAQUES BRF tombou 9,56 por cento, após a fabricante de alimentos divulgar resultados fracos no Brasil no terceiro trimestre, caindo ao piso desde 27 de abril. O BofA reduziu a recomendação do papel para underweight ante compra. Executivos disseram que a empresa deve manter estratégia de agressividade de preços no Brasil até o fim deste ano, o que também colaborou para a queda das ações.

VALE subiu 5,25 por cento nas preferenciais, recuperando-se parcialmente após acumular baixa de 10 por cento nos últimos cinco pregões. A retomada foi favorecida pela alta de 1 por cento no preço do minério de ferro no mercado à vista na China. Bradespar, que tem participação na Vale, ganhou 5,77 por cento. OI teve alta de 6 por cento nas preferenciais, após ganho de quase 7 por cento da véspera, após a operadora de telecomunicações dizer que acertou com o fundo russo LetterOne negociar por sete meses a injeção de 4 bilhões de dólares na empresa para tentar viabilizar uma fusão com a TIM Participações, que avançou 6,69 por cento.

GRUPO PÃO DE AÇÚCAR subiu 1,97 por cento apesar de prejuízo e queda no Ebitda ajustado no terceiro trimestre. O UBS disse que o futuro da empresa pode ser melhor. "O Pão de Açúcar finalmente está usando parte de sua margem bruta para ganhar competitividade na receita, enquanto o controle de gastos operacionais permite estabilização da margem Ebitda", escreveram analistas. Eles acrescentaram que o segmento de atacarejo Assaí mantém o forte momento de receita. BRASKEM subiu 2,78 por cento após a Petrobras informar na véspera que vai analisar as condições para novos aditivos aos contratos de nafta com a petroquímica para viabilizar manutenção do fornecimento do insumo durante as negociações para um acerto de longo prazo. O aditivo do contrato em vigor acaba neste fim semana.

CIA HERING perdeu 0,66 por cento, após alta no lucro no terceiro trimestre, apoiada em parte por ganho por encerramento de unidade no exterior. O UBS apontou que as vendas em mesmas lojas ficaram abaixo das previsões e que os estoques subiram, produzindo baixa geração de caixa.

=AMBEV subiu 0,47 por cento, após ter lucro ajustado de 3,086 bilhões de reais no terceiro trimestre, impulsionado pela alta das vendas mesmo diante de um ambiente macroeconômico desfavorável no Brasil.

Texto atualizado às 18h15

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São Paulo - A Bovespa fechou em alta nesta sexta-feira, impulsionada pela recuperação das ações da Vale, mas a baixa de cerca de 10 por cento de BRF limitou ganhos.

O Ibovespa teve alta de 0,53 por cento, a 45.868 pontos. Na semana, o índice perdeu 3,63 por cento. O giro financeiro do pregão somou 6,8 bilhões de reais.

Em outubro, o índice acumulou ganho de 1,8 por cento, a maior alta mensal desde abril, mas ficou longe do desempenho de outros mercados. Os norte-americanos, por exemplo, estavam a caminho do melhor mês em quatro anos, com o S&P 500 subindo mais de 8 por cento em outubro. Para o economista-chefe da Modalmais, Álvaro Bandeira, isso demonstra os problemas que o Brasil atravessa, já trabalhando próximo da dominância fiscal, situação em que a desordem das finanças tira a capacidade de ação dos juros sobre a inflação. "(A alta desta sexta-feira) é um movimento meramente de retomada depois de tantas quedas seguidas, recuperação que não significa grande coisa. Os mercados continuam muito preocupados com as contas brasileiras", disse Bandeira.

Investidores também continuam cautelosos com a perspectiva de alta dos juros norte-americanos ainda neste ano, o que tende a desfavorecer mercados emergentes.

DESTAQUES BRF tombou 9,56 por cento, após a fabricante de alimentos divulgar resultados fracos no Brasil no terceiro trimestre, caindo ao piso desde 27 de abril. O BofA reduziu a recomendação do papel para underweight ante compra. Executivos disseram que a empresa deve manter estratégia de agressividade de preços no Brasil até o fim deste ano, o que também colaborou para a queda das ações.

VALE subiu 5,25 por cento nas preferenciais, recuperando-se parcialmente após acumular baixa de 10 por cento nos últimos cinco pregões. A retomada foi favorecida pela alta de 1 por cento no preço do minério de ferro no mercado à vista na China. Bradespar, que tem participação na Vale, ganhou 5,77 por cento. OI teve alta de 6 por cento nas preferenciais, após ganho de quase 7 por cento da véspera, após a operadora de telecomunicações dizer que acertou com o fundo russo LetterOne negociar por sete meses a injeção de 4 bilhões de dólares na empresa para tentar viabilizar uma fusão com a TIM Participações, que avançou 6,69 por cento.

GRUPO PÃO DE AÇÚCAR subiu 1,97 por cento apesar de prejuízo e queda no Ebitda ajustado no terceiro trimestre. O UBS disse que o futuro da empresa pode ser melhor. "O Pão de Açúcar finalmente está usando parte de sua margem bruta para ganhar competitividade na receita, enquanto o controle de gastos operacionais permite estabilização da margem Ebitda", escreveram analistas. Eles acrescentaram que o segmento de atacarejo Assaí mantém o forte momento de receita. BRASKEM subiu 2,78 por cento após a Petrobras informar na véspera que vai analisar as condições para novos aditivos aos contratos de nafta com a petroquímica para viabilizar manutenção do fornecimento do insumo durante as negociações para um acerto de longo prazo. O aditivo do contrato em vigor acaba neste fim semana.

CIA HERING perdeu 0,66 por cento, após alta no lucro no terceiro trimestre, apoiada em parte por ganho por encerramento de unidade no exterior. O UBS apontou que as vendas em mesmas lojas ficaram abaixo das previsões e que os estoques subiram, produzindo baixa geração de caixa.

=AMBEV subiu 0,47 por cento, após ter lucro ajustado de 3,086 bilhões de reais no terceiro trimestre, impulsionado pela alta das vendas mesmo diante de um ambiente macroeconômico desfavorável no Brasil.

Texto atualizado às 18h15
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