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Ibovespa despenca com rumores eleitorais e Petrobras

Principal índice da bolsa fechou em baixa de 2,45%, tendo registrado o maior recuo em um dia desde 3 de fevereiro deste ano


	Plataforma da Petrobras: centro do furacão, as ações ON da estatal caíram 4,79% e as PN recuaram 4,91%
 (André Valentim/EXAME.com)

Plataforma da Petrobras: centro do furacão, as ações ON da estatal caíram 4,79% e as PN recuaram 4,91% (André Valentim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 18h00.

São Paulo - A Bovespa emplacou nesta segunda-feira, 8, a quarta sessão consecutiva de perdas, após notícias sobre o envolvimento de políticos no esquema de propinas na Petrobras e em meio às especulações sobre novas pesquisas eleitorais.

O Ibovespa fechou em baixa de 2,45%, aos 59.192,75 pontos, tendo registrado o maior recuo em um dia desde 3 de fevereiro deste ano. No centro do furacão, as ações ON da Petrobras caíram 4,79% e as PN recuaram 4,91%.

No fim de semana, reportagem da revista Veja deu conta que o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa acusa ministros, senadores, governadores e deputados envolvidos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Preso em março pela Polícia Federal, Costa citou em depoimentos de delação premiada nomes como os dos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA).

No início do dia, o mercado interpretou que essas denúncias enfraqueceriam a candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT), o que fez as ações da Petrobras avançarem de forma consistente, favorecendo o Ibovespa, que chegou a marcar uma máxima de 61.513 pontos (+1,37%).

Só que aos poucos o índice foi perdendo força, assim como os papéis da estatal.

À tarde, predominaram no mercado rumores de que Dilma Rousseff estaria recuperando terreno ante Marina Silva (PSB) na disputa, a despeito de os levantamentos oficiais mais recentes indicarem empate técnico entre as duas no primeiro turno.

Isso fez os papéis da Petrobras cederem quase 5% e também pressionou as ações de outras estatais, como Banco do Brasil ON (-5,00%) e Eletrobras PNB (-5,44%).

Profissionais comentavam que as denúncias contra a Petrobras, no fim das contas, não agradaram os investidores estrangeiros, que preferiram vender papéis da petrolífera.

Nova York também atrapalhava. O sentimento negativo em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia e certo movimento de realização após os ganhos mais recentes fizeram o Dow Jones ceder 0,15%, aos 17.111,42 pontos, e o S&P 500 recuar 0,31%, aos 2.001,54 pontos.

O Nasdaq, porém, subiu 0,20%, aos 4.592,29 pontos, sustentado em parte pelo Yahoo!, com a expectativa para a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações do Alibaba, no qual a empresa de serviços de internet tem participação de 24%.

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