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Ibovespa cai pelo 3o dia seguido, abaixo de 59 mil pontos

A terceira queda seguida do Ibovespa acompanhou o comportamento dos índices internacionais

Pregão da Bovespa: incertezas com relação à economia e um dos piores desempenhos do mundo (Germano Lüders/EXAME.com)

Pregão da Bovespa: incertezas com relação à economia e um dos piores desempenhos do mundo (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 18h03.

São Pualo  - O Ibovespa fechou nesta segunda-feira abaixo de 59 mil pontos pela primeira vez desde maio de 2010, seguindo a aversão global a risco por preocupações com a dívida na Europa e nos Estados Unidos.

O principal índice das ações brasileiras recuou 1,08 por cento, a 58.837 pontos. O giro financeiro do pregão, considerando o exercício de opções sobre ações, foi de 8,36 bilhões de reais.

A terceira queda seguida do Ibovespa acompanhou o comportamento dos índices internacionais. O Dow Jones e o Standard & Poor's 500 perderam 0,76 e 0,81 por cento, respectivamente, e o índice Reuters-Jefferies de commodities teve baixa de 0,72 por cento.

O mercado vive a expectativa pela reunião de quinta-feira entre os principais líderes da União Europeia para discutir um segundo pacote de ajuda à Grécia. A ausência de um acordo até o momento e a possibilidade de que os bancos sofram perdas em uma reestruturação da dívida do país preocupam os investidores.

Além disso, nos Estados Unidos, permanece o impasse sobre o limite da dívida do governo. A Casa Branca informou que, se aprovado, o projeto republicano de corte e limitação de gastos será vetado pelo presidente Barack Obama.

Internamente, a perspectiva de alta de juros tira ainda mais a atratividade das ações. "O mercado acionário doméstico continua sofrendo a 'concorrência' das aplicações de renda fixa, sobretudo com a imprevisibilidade do tamanho do aperto monetário", afirmou o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho, em relatório.

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na quarta-feira e, segundo a expectativa do mercado, deve elevar a Selic em 0,25 ponto percentual.

O exercício de opções sobre ações aumentou a volatilidade sobre os papéis de maior liquidez, especialmente o preferencial de Vale, que subiu 0,37 por cento, a 46,05 reais. A ação dominou o vencimento de opções, com os cinco maiores volumes de exercício.

A opção de compra de Vale a 45,48 reais por ação movimentou 456,07 milhões de reais e teve o maior volume do exercício. Em segundo lugar ficou a opção de compra de Vale a 43,48 reais por ação, com volume de 325,86 milhões de reais.

A ação preferencial da Petrobras, por outro lado, caiu 1,0 por cento, a 22,76 reais, mesmo com a notícia de aumento de 3,5 por cento da produção em junho.

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