Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)
Guilherme Guilherme
Publicado em 14 de março de 2022 às 17h26.
Última atualização em 14 de março de 2022 às 17h42.
Ibovespa hoje: o principal índice da B3 fechou em queda de 1,61%, a 109,92 mil pontos nesta segunda-feira, 14, pressionado pelas ações da Vale. Os papéis da empresa, com a maior participação do Ibovespa, caíram 5,36%, acompanhando a desvalorização do minério de ferro na China, que tombou 7% nesta madrugada. Temores sobre novas restrições para conter o avanço da covid-19 no país, segundo a Reuters, contribuíram para o movimento de queda.
Ibovespa: - 1,60%, 109.928 pontos
Vale (VALE3): - 5,36%
CSN Mineração (CMIN3): - 5,44%
Ações de siderúrgicas, também prejudicadas pela depreciação do metal, acompanharam as mineradoras entre as maiores baixas do dia.
Usiminas (USIM5): - 5,22%
Gerdau (GGBR4): - 4,20%
CSN (CSNA3): - 5,60%
Outra commodity que passa por arrefecimento de preços é o petróleo brent, que recua mais de 6% para baixo de US$ 106, já próximo do encerramento dos negócios à tarde. A depreciação em relação à máxima da semana passada, de US$ 139, supera 20%. Ações do setor caíram nesta sessão.
PetroRio (PRIO3): - 5,62%
3R (RRRP3): - 2,75%
Petrobras (PETR4): - 1,91%
No mercado internacional, investidores seguem atentos aos efeitos da guerra na Ucrânia e aos próximos passos do Federal Reserve. Nos Estados Unidos, o rendimento do título americano com vencimento em dez anos sobe mais de 6%, se firmando acima dos 2% neste início da semana que deve marcar o início do ciclo de alta de juro no país. O índice Nasdaq, com maior peso de ações de empresas de crescimento em sua composição, caiu 2%.
S&P 500 (EUA): - 0,79%
Nasdaq (EUA): - 2,04%
Stoxx 600 (Europa): + 1,24%
O Fomc e o Copom, no Brasil, têm decisões de política monetárias marcadas para esta quarta-feira, 16. A expectativa, no Brasil, é que a Selic suba em mais. Nesta segunda, o consenso do boletim Focus para a taxa Selic para o fim do ano subiu de 12,25% para 12,75%, enquanto parte dos economistas já projetam a taxa a 13,25%.
"A forte revisão é resultado da elevação dos preços de combustíveis, mas há também desconforto sobre a trajetória fiscal que segue incerta à medida que não se sabe exatamente o que o governo irá fazer para mitigar as altas nos combustíveis. Este cenário deve forçar a Autoridade Monetária dar uma alta de 1,25 ponto percentual", disse, em nota, André Perfeito, economista-chefe da Necton.
A expectativa de juros mais altos tem reflexos na bolsa, com alta das ações dos maiores bancos do país. A leitura é de que o setor, pelo menos no curto prazo, pode se beneficiar, com o aumento de spreads. Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil fecharam entre os maiores ganhos do Ibovespa, limitando as perdas do índice.
Itaú (ITUB4): + 1,41%
Bradesco (BBDC4): + 1,00%
Banco do Brasil (BBAS3): + 0,63%
Santander (SANB11): + 4,36%
Mas quem liderou as altas do Ibovespa foram as ações da JHSF, que subiram mais de 6%, após terem caído 4% na sexta-feira, 14 em meio ao pessimismo sobre o setor de construção gerado pelo resultado da Tenda. Já a Tenda estendeu as perdas, caindo mais 11,67% nesta segunda.
JHSF (JHSF3): + 6,24%
Tenda (TEND3): - 11,67%
Dentro do Ibovespa, a maior queda ficou com as ações do Magazine Luiza, que recuaram mais de 6% em meio a preocupações sobre o resultado, que será divulgado nesta noite.
Magazine Luiza (MGLU3): - 6,33%
No radar dos investidores ainda esteve a nova proposta da Aliansce Sonae para se fundir à brMalls. O valor da oferta é 10,9% superior à anterior, com pagamento de R$ 1,850 bilhão e entrega de 276.762.914 ações a serem emitidas pela Aliansce, representativas de 51,01% do capital da empresa formada pela combinação de negócios. As ações das duas companhias fecharam em queda.
Aliansce Sonae (ALSO3): - 1,65%
brMalls (BRML3): - 1,01%
No mercado de câmbio, o dólar fechou em alta, seguindo sua direção frente a outras moedas estrangeiras.