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Ibovespa fecha em queda de 2,8% com aversão a risco no exterior

O Ibovespa fechou em queda de 2,84 por cento, a 70.074 pontos. O giro financeiro somou 8,59 bilhões de reais

Ibovespa: incertezas sobre o processo eleitoral local também pesam sobre o mercado acionário (Patricia Monteiro/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2018 às 17h06.

Última atualização em 21 de junho de 2018 às 17h47.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 fechou em queda nesta quinta-feira, pressionado pela volta da aversão a risco no exterior em sessão que teve ainda as ações da Petrobras entre as principais influências negativas.

O Ibovespa fechou em queda de 2,84 por cento, a 70.074 pontos. O giro financeiro somou 8,59 bilhões de reais.

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Após uma pausa na aversão a risco na véspera, os receios em torno de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China voltaram a pesar sobre os mercados globais.

"Essa guerra comercial que está sendo deflagrada não tem vencedor e a corda sempre arrebenta no lado mais fraco, no caso, os países emergentes e, principalmente, emergentes com poucos acordos bilaterais e baixa exposição a acordos bilaterais (como o Brasil)", disse o diretor de gestão da Mapfre Investimentos, Carlos Eduardo Eichhorn.

O índice de ações de mercados emergentes MSCI caiu 1,2 por cento, enquanto em Wall Street, o S&P 500 fechou em queda de 0,63 por cento.

As incertezas sobre o processo eleitoral local também pesam sobre o mercado acionário, levando os investidores a preferir o modo de cautela até que exista mais clareza.

Segundo Eichhorn, esses dois fatores pesam sobre o mercado acionário de forma generalizada, não sobre setores específicos.

Destaques

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíram 6,85 e 5,01 por cento, respectivamente, acentuando as perdas no fim do dia, enquanto acontecia no Tribunal Superior do Trabalho (TST) o julgamento de processo trabalhista de cerca de 17 bilhões de reais contra a empresa. Ainda no radar estava a aprovação pela Câmara dos Deputados do texto-base do projeto de cessão onerosa, mas com o adiamento da votação dos destaques da matéria.

- VALE ON perdeu 3,28 por cento, em meio ao pessimismo em torno dos receios com uma guerra comercial entre EUA e China.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 2,67 por cento e BRADESCO PN perdeu 4,15 por cento, ajudando a pressionar o índice devido à expressiva participação desses papéis em sua composição. A sessão foi negativa ainda para os demais bancos, com SANTANDER UNIT fechando em baixa de 4,99 por cento e BANCO DO BRASIL ON caindo 3,67 por cento.

- ELETROBRAS PNB caiu 7,07 por cento e ELETROBRAS ON cedeu 8,3 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa, após a Câmara dos Deputados não votar na véspera o requerimento de urgência para o projeto que permite a venda de distribuidoras de energia.

- CESP PNB, que não faz parte do Ibovespa, recuou 1,6 por cento, após a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagrarem operação para cumprir 15 mandados de prisão como parte de uma investigação de superfaturamento em obras do Rodoanel Viário Mário Covas, em São Paulo, que teria como um dos principais alvos da operação, segundo o portal de notícias G1, Laurence Casagrande Lourenço, ex-presidente da estatal paulista responsável pelas rodovias do Estado, a Dersa, e atual presidente da Cesp.

- CCR ON caiu 3,92 por cento e ECORODOVIAS ON teve baixa de 3,84 por cento, em sessão amplamente negativa e com analistas citando ainda alguma cautela em relação a receios de potenciais impactos relacionados com a operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira.

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