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Ibovespa cai ao menor nível em 7 meses por crise na Europa

O Ibovespa amargou o oitavo pregão seguido de queda, caindo 3,31 por cento, a 54.038 pontos

Dentre as ações com maior peso no Ibovespa, a preferencial da Petrobras devolveu os ganhos da véspera e fechou em queda de 4,46 por cento
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 18h08.

São Paulo - A Bovespa teve mais um dia de perdas generalizadas nesta quinta-feira, com seu principal índice recuando ao menor patamar em quase sete meses, após a agência Fitch ter rebaixado o rating da Grécia, agravando o pessimismo dos mercados sobre os impactos de eventual saída do país da zona do euro.

O Ibovespa amargou o oitavo pregão seguido de queda, caindo 3,31 por cento, a 54.038 pontos. Foi a maior baixa diária desde 22 de setembro, quando a queda foi de 4,8 por cento, e a menor pontuação de fechamento desde 20 de outubro, de 54.009 pontos. O giro financeiro do pregão somou 8,35 bilhões de reais.

"Acho que é um movimento um pouco exacerbado, já virou um efeito manada", disse Eduardo Dias, analista na Omar Camargo Corretora. "Ibovespa a 55 mil pontos já era exagero; a 54 mil pontos, então, nem se fala. Para mim já chegou em ponto de compra."

A crise política na Grécia e um possível contágio em países como Espanha e Itália segue impondo forte clima de cautela. Nesta tarde, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating da Grécia de "B-" para "CCC", citando o elevado risco de o país ter de sair da zona do euro.


"Por mais que se fale que Grécia está precificado, não está", disse Newton Rosa, economista-chefe na Sul América Investimentos. "Essa questão assusta investidores e pode provocar, em um primeiro momento, uma situação de retração dos fluxos de capitais de certa forma comparável a 2008."

Mais cedo, também pesou sobre os mercados a preocupação com a situação dos bancos na Espanha e os dados mais fracos que o esperado nos Estados Unidos. Indicadores antecedentes da atividade econômica norte-americana tiveram queda pela primeira vez em sete meses.

Em Wall Street, o Dow Jones fechou em queda de 1,24 por cento. Mais cedo, o principal índice dos mercados acionários europeus encerrou com baixa de 1,15 por cento.

Dentre as ações com maior peso no Ibovespa, a preferencial da Petrobras devolveu os ganhos da véspera e fechou em queda de 4,46 por cento, a 18,43 reais, enquanto a preferencial da Vale caiu 3,66 por cento, a 34,78 reais. OGX recuou 5,59 por cento, a 10,97 reais.

Papéis de bancos também se destacaram entre as baixas do pregão, com Banco do Brasil recuando 4,9 por cento, a 19,40 reais, e Bradesco com queda de 4,38 por cento, a 26,88 reais.

"Além da degradação das expectativas lá fora, soma também contra essa intervenção do governo na economia e a mudança de discurso com relação aos bancos, e isso não está agradando muito aos investidores", disse Sérgio Machado, sócio-gestor da Vetorial Asset.

Apenas dois dos 68 ativos que compõem o índice fecharam em alta: CCR Rodovias subiu 2,09 por cento, a 15,62 reais, e MRV Engenharia avançou 1,66 por cento, a 9,81 reais.

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São Paulo - A Bovespa teve mais um dia de perdas generalizadas nesta quinta-feira, com seu principal índice recuando ao menor patamar em quase sete meses, após a agência Fitch ter rebaixado o rating da Grécia, agravando o pessimismo dos mercados sobre os impactos de eventual saída do país da zona do euro.

O Ibovespa amargou o oitavo pregão seguido de queda, caindo 3,31 por cento, a 54.038 pontos. Foi a maior baixa diária desde 22 de setembro, quando a queda foi de 4,8 por cento, e a menor pontuação de fechamento desde 20 de outubro, de 54.009 pontos. O giro financeiro do pregão somou 8,35 bilhões de reais.

"Acho que é um movimento um pouco exacerbado, já virou um efeito manada", disse Eduardo Dias, analista na Omar Camargo Corretora. "Ibovespa a 55 mil pontos já era exagero; a 54 mil pontos, então, nem se fala. Para mim já chegou em ponto de compra."

A crise política na Grécia e um possível contágio em países como Espanha e Itália segue impondo forte clima de cautela. Nesta tarde, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating da Grécia de "B-" para "CCC", citando o elevado risco de o país ter de sair da zona do euro.


"Por mais que se fale que Grécia está precificado, não está", disse Newton Rosa, economista-chefe na Sul América Investimentos. "Essa questão assusta investidores e pode provocar, em um primeiro momento, uma situação de retração dos fluxos de capitais de certa forma comparável a 2008."

Mais cedo, também pesou sobre os mercados a preocupação com a situação dos bancos na Espanha e os dados mais fracos que o esperado nos Estados Unidos. Indicadores antecedentes da atividade econômica norte-americana tiveram queda pela primeira vez em sete meses.

Em Wall Street, o Dow Jones fechou em queda de 1,24 por cento. Mais cedo, o principal índice dos mercados acionários europeus encerrou com baixa de 1,15 por cento.

Dentre as ações com maior peso no Ibovespa, a preferencial da Petrobras devolveu os ganhos da véspera e fechou em queda de 4,46 por cento, a 18,43 reais, enquanto a preferencial da Vale caiu 3,66 por cento, a 34,78 reais. OGX recuou 5,59 por cento, a 10,97 reais.

Papéis de bancos também se destacaram entre as baixas do pregão, com Banco do Brasil recuando 4,9 por cento, a 19,40 reais, e Bradesco com queda de 4,38 por cento, a 26,88 reais.

"Além da degradação das expectativas lá fora, soma também contra essa intervenção do governo na economia e a mudança de discurso com relação aos bancos, e isso não está agradando muito aos investidores", disse Sérgio Machado, sócio-gestor da Vetorial Asset.

Apenas dois dos 68 ativos que compõem o índice fecharam em alta: CCR Rodovias subiu 2,09 por cento, a 15,62 reais, e MRV Engenharia avançou 1,66 por cento, a 9,81 reais.

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