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Ibovespa cai 1,8% e reverte ganhos no ano; dólar sobe a R$ 5,15

Temores com altas de juros nos EUA e potencial recessão pressionam bolsas globais; BTG sobe após balanço

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)
BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 9 de maio de 2022 às 17h29.

Última atualização em 9 de maio de 2022 às 17h31.

Ibovespa hoje: o principal índice da B3 cai nesta segunda-feira, 9, zerando os ganhos acumulados ao longo dos primeiros meses do ano e entrando no campo negativo. Com o Ibovespa caindoquase 2%neste início de semana, para103.250pontos, o índice agora recuano acumulado de 2022. Esta é a pior pontuação para o índice desde o dia 10 de janeiro, quando encerrou o pregão aos 101.945 pontos.

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O movimento acompanhou o aumento da aversão ao risco nos principais mercados do mundo, com investidores avaliando a intensidade do aperto monetário nos Estados Unidos e seus potenciais efeitos econômicos.

O dólar, por outro lado, voltou a se fortalecer contra moedas emergentes e desenvolvidas, à medida que investidores buscam opções mais seguras de investimento. No Brasil, a moeda americana encerrou o dia negociada acima de R$ 5,15.

À medida que investidores foram aumentando as apostas de juros mais altos na economia americana, os índices de ações internacionais aprofundaram as perdas, encerrando o pregão com quedas superiores a 4%.

O mais prejudicado foi o índice de tecnologia Nasdaq, uma vez que as ações de crescimento, como costumam ser as de tecnologia, são as mais penalizadas em cenários de juros mais altos.

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Destaques de ações

Ações de com grandes perspectivas de crescimento embutidas no preço voltaram a sofrer mais no pregão de hoje também no Brasil, com investidores reajustando as expectativas diante de sinais de juros mais altos e enfraquecimento econômico.

Grandes varejistas, intimamente ligadas à temperatura da atividade local, também ficaram entre as maiores perdas.

A Petz (PETZ3), que já havia amargado uma perda de 12% na última sexta-feira, renovou sua mínima histórica no pregão de hoje. Embora o pano de fundo para as perdas seja o balanço da companhia, divulgado na semana passada, analistas avaliam que as perdas estão associadas, principalmente, ao cenário macroeconômico.

Além de condições monetárias mais restritivas, os temores sobre recessão aumentam, conforme a China dá continuidade à política de tolerância zero ao covid-19. Preocupações de que novas restrições mitiguem a demanda por minério de ferro derrubaram em 7% o preço da commodity nesta madrugada. A Vale (VALE3), com o maior peso no Ibovespa, sentiu os impactos da desvalorização, caindo mais de 4% nesta segunda-feira.

O petróleo também foi penalizado com as restrições. O petróleo Brent, referência para os papéis da Petrobras (PETR3/PETR4), recuou mais de 5%. Na bolsa, as petroleiras privadas 3R Petroleum (RRRP3) e PetroRio (PRIO3) ficaram entre as maiores quedas do dia.

No extremo oposto, o BTG Pactual ( BPAC11, do mesmo grupo controlador da Exame ) ficou entre as maiores altas do Ibovespa, com investidores reagindo ao balanço do primeiro trimestre divulgado nesta manhã. O banco teve lucro líquido ajustado de R$ 2,06 bilhões no período, representando um crescimento de 76% na comparação anual. A receita total foi de R$ 4,35 bilhões.

O Itaú (ITUB4), que também reportou balanço hoje cedo, caiu quase 2%. O banco registrou um lucro líquido contábil de R$ 6,7 bilhões, um aumento de 24,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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