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Ibovespa fecha próximo da estabilidade; CSN lidera altas com dado chinês

PMIs superam as estimativas e impulsionam bolsas internacionais; mercado aguarda definição sobre pacote de 1 trilhão de dólares no Congresso americano

Bolsa: Ibovespa recua 0,08% e encerra em 102.829,96 pontos (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 3 de agosto de 2020 às 17h00.

Última atualização em 3 de agosto de 2020 às 18h30.

A bolsa brasileira fechou próximo da estabilidade nesta segunda-feira, 3, apesar do cenário externo positivo, após dados da atividade industrial chinesa e europeia terem impulsionado os mercados internacionais. O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou em queda de 0,08%, em 102.829,96 pontos.

Na zona do euro, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial de julho ficou em 51,8 pontos, acima dos 50 pontos que delimitam a contração da expansão da atividade e superior aos 51,1 pontos projetados por analistas. Na China, o PMI industrial ficou em 52,8 pontos ante os 51,3 pontos projetados por analistas.

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Os dados chineses também ajudaram a impulsionar o preço do minério de ferro, que avançou 4,2% e encerrou cotado a 125 dólares na bolsa de Dalian, na China. A alta foi a maior registrada em oito semanas, segundo a Reuters.

Com a forte valorização da commodity, a CSN, que tem sido beneficiada pela alta do minério de ferro, liderou as altas do Ibovespa por toda a sessão e fechou em alta de 6,29%. No mesmo setor, os papéis da Usiminas figuraram entre as maiores altas, avançando 3,32%.

No Brasil, o PMI industrial também veio positivo, em 58,2 pontos. “Esse resultado e a confiança da indústria apontam para um cenário melhor para o setor no trimestre atual”, afirma Arthur Mota, economista da EXAME Research.

Outro destaque da sessão são as ações do Banco do Brasil, que chegaram a avançar mais de 4% e caminham para fechar em alta de 2,29%, após André Brandão ser indicado para substituir Rubem Novaes na presidência da companhia. De perfil liberal, o nome de Brandão foi bem-recebido pelo mercado.

"A gente gosta do Brandão. Ele tem larga experiência no sistema financeiro e passou por instituições de renome e vem com discurso que o mercado gosta, que é o de venda de ativos", afirmou Marcel Zambello, analista da Necton Investimentos.

As ações de empresas exportadoras, como as de frigoríficos e de papel e celulose, também apresentam forte valorização, tendo em vista a alta de mais de 3% do dólar. Entre elas, as da JBS e Suzano são o destaque, com respectivas altas de 4,46% e 2,6%.

Na ponta negativa, as ações da Cogna voltaram a aparecer entre as maiores baixas, recuando 5,19%, depois de ter tocado baixa de 9% nos primeiros negócios do dia. Na sexta-feira, o papel encerrou em queda de 12,47%, tendo como pano de fundo a desastrosa estreia da subsidiária Vasta na Nasdaq.

Para Bruno Musa, sócio da Aqcua Investimentos, a forte queda dos papéis da companhia reflete a realização de lucro, após a Cogna ter apresentado forte valorização enquanto os investidores ainda estavam na expectativa do IPO da Vasta.

Outro papel que apresenta forte desvalorização ainda nos primeiros negócios é o do IRB Brasil, que recuam cerca de 3,39%, após o jornal O Globo noticiar que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) planeja alterações de regras do setor que podem baratear o serviço. “Vamos acompanhar de perto para compreender quanto esse pacote da Susep pode pressionar a rentabilidade das seguradoras”, disse Bruno Lima, analista de renda variável da EXAME Research.

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