Ibovespa avança com exterior e expectativa sobre privatizações
Às 12:01, o Ibovespa subia 0,78%, a 99.994,9 pontos
Reuters
Publicado em 21 de agosto de 2019 às 10h25.
Última atualização em 21 de agosto de 2019 às 12h20.
São Paulo — O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, diante do viés mais favorável no ambiente financeiro externo, com ações de construtoras entre as maiores altas e agentes financeiros na expectativa de anúncio relacionado a privatizações no Brasil.
Às 12:01, o Ibovespa subia 0,78%, a 99.994,9 pontos. O volume financeiros somava 5,1 bilhões de reais.
Wall Street mostrava ganhos, com perspectivas benignas de varejistas, enquanto investidores aguardam a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve em busca de mais pistas sobre as próximas decisões de juros do banco central dos Estados Unidos.
O presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a pressionar o Fed e o chairman Jerome Powell a cortar os juros nesta quarta-feira, afirmando que suas políticas monetárias dificultam o crescimento dos EUA.
Para a equipe da Guide Investimentos, o mercado brasileiro deve seguir condicionado aos desenvolvimentos no exterior, se beneficiando da melhora marginal do ambiente para economias emergentes, conforme nota a clientes. "Esperamos um dia de viés positivo para o mercado acionário local."
Destaques
- MRV e CYRELA valorizavam-se 6,34% e 5,97%, respectivamente, tendo de pano de fundo lançamento na véspera pela Caixa Econômica Federal de nova linha de financiamento imobiliário vinculada ao IPCA. Para analistas do Credit Suisse, os termos vieram melhores do que o esperado.
- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB subiam 8,09 e 6,34%, respectivamente, tendo de pano de fundo expectativas relacionadas ao programa de privatizações, além de comentários do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no sentido de se empenhar na desestatização da elétrica após o plenário da Casa rejeitar na noite de terça-feira medida provisória que autorizava o Tesouro a realizar pagamento de 3,5 bilhões de reais à estatal.
- BANCO DO BRASIL subia 3,51%, também tendo no radar anúncio de crédito imobiliário mais barato para prazos menores, além de expectativas relacionadas aos planos de privatização do governo. No setor, BRADESCO PN avançava 1,2% e ITAÚ UNIBANCO PN tinha acréscimo de 0,24%.
- B2W avançava 2,02%, ainda apoiada pela notícia sobre aporte de 2,5 bilhões de reais na companhia via aumento de capital.
- PETROBRAS ON mostrava elevação de 1,17% e PETROBRAS PN subia 1,25%, em sessão de alta do petróleo, além das expectativas relacionadas ao programa de privatização. O Carf também decidiu a favor da empresa em processo de 5,1 bilhões de reais sobre cobrança de Cide-Importação.
- VALE subia 0,27%, mesmo tendo de pano de fundo que os futuros do minério de ferro na China caíram ao menor nível em 10 semanas nesta quarta-feira, após a gigante da mineração BHP ter apresentado perspectivas pessimistas para os preços. CSN caía 2,23%.
- SUZANO recuava 1%, em sessão com queda do dólar em relação ao real, além do ambiente ainda desafiador para os preços de celulose. No setor, KLABIN UNIT subia 0,2%.