Hurst entra no campo científico com operação que busca retorno de até 30%
Casa de investimentos alternativos abre captação por meio de crowdfunding e espera levantar mais de R$ 2 milhões
Guilherme Guilherme
Publicado em 31 de maio de 2022 às 15h12.
Última atualização em 31 de maio de 2022 às 15h22.
A Hurst Capital lançou nesta terça-feira, 31, a primeira operação no ramo de pesquisas científicas em sua plataforma de investimentos.
A casa de ativos alternativos quer levantar R$ 2,2 milhões para financiar o desenvolvimento de uma técnica de produção da Coenzima Q10 (CoQ10) por biofermentação.
A substância é popularmente comercializada como suplemento e tem como um de seus benefícios o controle do colesterol.
A perspectiva é que a tecnologia de produção da BioGrowth tenha custo reduzido em relação às alternativas importadas por usar como matéria-prima a cana-de-açúcar.
O menor custo, segundo a BioGrowth, tornará o produto nacional mais competitivo, contribuindo para a redução do preço ao consumidor final. Pacotes com 200 cápsulas de 200 mg de CoQ10 chegam a custar quase R$ 200 na internet.
É no direito aos royalties dessa pesquisa que a Hurst Capital irá investir. Como contrapartida, os investidores terão direito a todas as receitas geradas durante o período que durar a operação, como licenciamento da tecnologia para indústrias farmacêuticas locais e internacionais.
A expectativa da Hurst é que o retorno do investimento, com prazo estipulado de 43 meses, seja de 20,14% ao ano. A projeção mais otimista é de 30,39% e a mais pessimista, de 15,79%.
O investimento, realizado por oferta via crowdfunding, será aberto para o público em geral e terá valor mínimo de R$ 10 mil.
A Hurst, que já realizou investimentos semelhantes com músicas, obras de arte e até moedas antigas, espera fazer novos aportes em ciência. Para isso, vem montando uma equipe especializada em operações com pesquisas científicas. O objetivo, segundo a empresa, é focar em projetos de prazos mais curtos e alta viabilidade econômica.
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