HSBC: de salto alto e confiante, Marisa é irresistível
Analista rasga elogios à varejista com aumento das vendas no terceiro trimestre e estratégia focada em calçados
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2012 às 16h54.
São Paulo – Salto alto e autoconfiança. Esta é a fórmula que a Marisa ( AMAR3 ) tem usado para seduzir o mercado e convencê-lo de que tem potencial. E a estratégia tem funcionado, pelo menos, com o HSBC.
O analista Francisco Chevez elevou o preço-alvo às ações da companhia, de 31 para 33 reais, um potencial de valorização de 28%. A recomendação foi mantida em “compra”. Chevez destaca o aumento das vendas da Marisa acima do esperado no terceiro trimestre, além da autoconfiança recuperada frente ao mercado.
De acordo com a companhia, as vendas mesmas lojas atingiram crescimento de dois dígitos no período entre julho e setembro, acima da projeção de 5% pelo HSBC.
Boa parte deste desempenho é explicada pelo programa Mais por Metro Quadrado, no qual a Marisa introduziu a venda de calçados em algumas lojas em maio deste ano.
A varejista realocou o espaço de venda com o objetivo de destacar as mercadorias que geram mais receita por metro quadrado.
Além disso, a empresa reduziu as seções de roupa masculina e infantil para acomodar os calçados femininos, uniformes e tamanhos grandes, conforme lembra o relatório.
Agora, o objetivo é incluir o segmento de calçados em 165 lojas até o final de 2012 e em todas as suas lojas no final de 2013.
“Os calçados apresentam preço médio aproximadamente 2,5 vezes acima do vestuário nas lojas da Marisa e estimamos que suas vendas contribuam com 2 a 3% ao crescimento da receita em 2013”, projeta o analista.
Vale lembrar que a Marisa não se tornou concorrente direta da Arezzo ( ARZZ3 ) no segmento de calçados, pois os preços dos calçados da Marisa atingem a metade dos preços da Arezzo.
Números recentes
A Marisa encerrou o segundo trimestre de 2012 com lucro líquido consolidado de R$ 47,6 milhões, o que representa uma queda de 33,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida avançou 9,6% na mesma base de comparação para R$ 693,5 milhões.
Em 2012, as ações ordinárias da companhia acumulam valorização de 61%, enquanto o Ibovespa, principal referência da bolsa brasileira, sobe 9%.