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Governo desiste de migração da Eletrobras para Novo Mercado

Desistência visa não atrasar o processo de privatização, que as autoridades querem concluir até o final do primeiro semestre de 2018

Eletrobras: migração ao Novo Mercado deixou os planos de privatização da companhia (Nadia Sussman/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 10h43.

Última atualização em 5 de outubro de 2017 às 11h28.

Brasília - O governo desistiu de associar uma migração da Eletrobras ao Novo Mercado da bolsa B3 aos planos de privatização da companhia, para não atrasar o processo, que as autoridades querem concluir até o final do primeiro semestre de 2018, disse nesta quinta-feira o ministro de Minas e Energia em exercício, Paulo Pedrosa.

"Nosso entendimento é que levar a Eletrobras ao Novo Mercado, na visão atual, ampliaria o cronograma e comprometeria os prazos que nos queremos. Então, possivelmente, isso será uma obrigação para o novo investidor, e não uma condição prévia ao leilão", disse Pedrosa a jornalistas durante evento da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) em Brasília.

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Segundo Pedrosa, a ideia do governo é ter consolidados, até o início do ano que vem, o modelo e a proposta do processo de privatização, "e muito provavelmente formalizar com a Eletrobras a contratação do processo", disse.

Pedrosa ressaltou que o Ministério de Minas e Energia está trabalhando com os ministérios do Planejamento, Fazenda e com o Programa de Parceria de Investimentos (PPI) na elaboração do processo, para ter o modelo mais seguro possível.

"De um lado, precisamos agir com velocidade, mas também precisamos agir de forma segura", disse, ressaltando que a privatização do sistema Eletrobras encontra resistências inclusive na base do governo, e precisa ser feita de modo a evitar questionamentos jurídicos.

Ao anunciar a proposta de privatizar a Eletrobras, no final de agosto, o ministério de Minas e Energia chegou a dizer que o movimento permitiria à estatal "implementar os requisitos de governança corporativa exigidos no Novo Mercado", mas posteriormente autoridades disseram que a proposta não era uma decisão já tomada pelo governo.

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