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Gestora de ex-trader do JPMorgan vê boas oportunidades na Ásia

Com atuação voltada para o mercado internacional, BlueLine se protegeu em juros brasileiros e mexicanos durante a crise de março de 2020 - e encerrou mês em alta

 (Aly Song/Reuters)

(Aly Song/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 10h20.

Com apenas alguns meses de existência, a gestora BlueLine enfrentou a mais intensa crise financeira do século e saiu praticamente ilesa. Enquanto o mercado global derretia em março de 2020, seu fundo multimercados fechava o mês com rentabilidade positiva. 

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Apesar de recém-criada, o feito só foi possível graças a experiência de sua equipe, formada por egressos do JPMorgan. Economista-chefe da BlueLine e ex-economista-chefe do JPMorgan Brasil, Fábio Akira atribui a agilidade na tomada de decisão ao seu colega Giovani Silva, presidente da BlueLine e ex-chefe de trading do JPMorgan América Latina, Silva.

“Embora o fundo invista com foco de médio e longo prazo em grandes temas globais, o Giovani faz bem a leitura de quando o mercado passa a ficar disfuncional, e foi o que aconteceu em março. Quando está disfuncional não tem que pensar em maximizar lucros”, afirma o economista.

Com o cenário altamente imprevisível, a saída da gestora foi investir quase 80% do capital de risco do fundo em juros, sendo a maior parte em em juros curtos do Brasil e outra no mercado internacional. “Com alocações no México, por exemplo”, relembra. 

Passado o momento mais turbulento do mercado, a BlueLine reduziu a participação em juros e aumentou sua exposição em bolsa, em especial nos mercados asiáticos. “Estamos concentrando nosso portfólio em oportunidades mais estáveis. Nesse ponto de vista, a Ásia permanece como uma ótima opção.”

Esta, porém, não é a primeira vez que o fundo recorre aos ativos asiáticos. Apostando na vitória do então candidato à presidência dos Estados Unidos Joe Biden, o fundo entrou com força nas bolsas da China e Coreia do Sul nas vésperas da eleição. 

“Os dois países também estavam manejando muito bem a redução da primeira onda do vírus. Era uma leitura que tinha a ver com a pandemia, com o risco geopolítico e com a visão de crescimento de médio e longo prazo desses mercados. Isso deu supercerto com a vitória do Biden.”

A partir das primeiras divulgações sobre a eficácia da vacina contra o coronavírus, a BlueLine voltou ao mercado brasileiro, mas apenas de uma forma tática, já que a bolsa local havia ficado para trás no rali que teve início após os primeiros impactos da pandemia no mercado. “Quando a maré está subindo, todos os barcos sobem juntos, independentemente de estar com o motor bom ou ruim”, diz Akira.

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