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Formação da taxa média pressiona dólar na abertura

A moeda americana sofreu valorização vista ante outras moedas ligadas a commodities

Mão segurando notas de dólares: às 9h29, o dólar à vista no balcão subia 0,58% (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 10h06.

São Paulo - O dólar abriu em alta ante o real no mercado à vista, nesta sexta-feira, 27, refletindo a valorização vista ante outras moedas ligadas a commodities e também por causa da pressão pela formação da Ptax do final do mês. Às 9h29, o dólar à vista no balcão subia 0,58%, a R$ 2,2590, a mesma cotação da abertura. O dólar futuro para outubro tinha alta de 0,60%, a R$ 2,2620.

A semana termina num clima muito menos calmo do que começou para o mercado de câmbio . Em apenas dois dias a moeda americana acumulou alta de 2,23%.

A pressão de alta ante o real vem de incertezas no exterior, principalmente em relação ao orçamento e teto da dívida dos Estados Unidos, e no cenário doméstico, da formação da Ptax do final do mês e pela avaliação de que o Banco Central aceita um dólar acima de R$ 2,20.

Nos últimos dois dias, houve também fluxo de saída e o fato de o BC não ter vendido todo o lote no leilão de swap na quarta-feira, 25, também pesou contra o real.

Hoje, a autoridade monetária faz dois leilões de linha, um deles de rolagem e fora da programação do BC. Ontem, o dólar à vista fechou em alta de 0,85%, a R$ 2,2460. No mercado futuro, o dólar para outubro fechou em alta de 0,63%, a R$ 2,2485.

"O mercado deve continuar mais tomador hoje e o efeito da formação de Ptax potencializa isso. Mas a alta pode ser mais suave porque o dólar subiu bastante nos últimos dois dias", observou um operador de tesouraria de um banco.

No radar do dia estão indicadores americanos, possíveis declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, que continua em Nova York e se reúne hoje com investidores, além de qualquer decisão que possa ser tomada no Congresso para evitar um default do governo nos próximos dias por falta de recursos para pagar suas dívidas caso o teto não seja elevado.


O BC fará das 11h15 às 11h20 um leilão de linha de até US$ 1 bilhão, ou seja, de venda de dólares conjugados com recompra da moeda estrangeira, conforme programado. As operações de venda do Banco Central serão liquidadas no dia 1º de outubro de 2013 e a data da liquidação das operações de compra do BC será 2 de julho de 2014.

Em seguida, o BC faz um segundo leilão de linha, de até US$ 701 milhões, que não faz parte do pacote de atuações anunciado em 22 de agosto. O segundo leilão é para rolagem de contratos de linha que vencerão no início do próximo mês. A operação será das 11h30 às 11h35.

A taxa de câmbio a ser utilizadas nos dois leilões será a Ptax das 11 horas. Segundo apurou o jornalista Fabrício de Castro, a rolagem se refere ao leilão de linha realizado em 20 de junho deste ano e, ao fazer a operação, o BC evita a saída de recursos do sistema e pressão adicional de alta do dólar.

No Brasil, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acelerou de 0,15% em agosto para 1,50% em setembro, ficando dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, de 1,33% e 1,57%, e acima da mediana de 1,45%.

Nos EUA, saem hoje a renda pessoal e gastos com consumo em agosto (9h30) e índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan em setembro. Além dos discursos do presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren (9h30) e do presidente do Fed de Nova York, William Dudley (15h). Ambos têm poder de voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Na zona do euro, o índice de sentimento econômico subiu para 96,9 em setembro, de 95,3 em agosto, superando a previsão dos economistas de alta para 96,0 e atingindo o maior nível desde agosto de 2011. O resultado dava força ao euro ante o dólar nesta manhã.

Às 8h43, o euro sobe a US$ 1,3520, de US$ 1,3489 no fim da tarde de ontem. O dólar caía a 98,49 ienes, de 99,02 ienes no fim da tarde de ontem. O Dollar Index (DXY) caía 0,22%, a 80,342.

O dólar subia as moedas emergentes e ligadas a commodities: dólar australiano (+0,65%); dólar canadense (+0,16%); dólar neozelandês (+0,31%); rupia indiana (+0,78%); lira turca (+0,82%); rand sul-africano (+1,75%); peso mexicano (+0,82%); rublo russo (+0,32%).(

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São Paulo - O dólar abriu em alta ante o real no mercado à vista, nesta sexta-feira, 27, refletindo a valorização vista ante outras moedas ligadas a commodities e também por causa da pressão pela formação da Ptax do final do mês. Às 9h29, o dólar à vista no balcão subia 0,58%, a R$ 2,2590, a mesma cotação da abertura. O dólar futuro para outubro tinha alta de 0,60%, a R$ 2,2620.

A semana termina num clima muito menos calmo do que começou para o mercado de câmbio . Em apenas dois dias a moeda americana acumulou alta de 2,23%.

A pressão de alta ante o real vem de incertezas no exterior, principalmente em relação ao orçamento e teto da dívida dos Estados Unidos, e no cenário doméstico, da formação da Ptax do final do mês e pela avaliação de que o Banco Central aceita um dólar acima de R$ 2,20.

Nos últimos dois dias, houve também fluxo de saída e o fato de o BC não ter vendido todo o lote no leilão de swap na quarta-feira, 25, também pesou contra o real.

Hoje, a autoridade monetária faz dois leilões de linha, um deles de rolagem e fora da programação do BC. Ontem, o dólar à vista fechou em alta de 0,85%, a R$ 2,2460. No mercado futuro, o dólar para outubro fechou em alta de 0,63%, a R$ 2,2485.

"O mercado deve continuar mais tomador hoje e o efeito da formação de Ptax potencializa isso. Mas a alta pode ser mais suave porque o dólar subiu bastante nos últimos dois dias", observou um operador de tesouraria de um banco.

No radar do dia estão indicadores americanos, possíveis declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, que continua em Nova York e se reúne hoje com investidores, além de qualquer decisão que possa ser tomada no Congresso para evitar um default do governo nos próximos dias por falta de recursos para pagar suas dívidas caso o teto não seja elevado.


O BC fará das 11h15 às 11h20 um leilão de linha de até US$ 1 bilhão, ou seja, de venda de dólares conjugados com recompra da moeda estrangeira, conforme programado. As operações de venda do Banco Central serão liquidadas no dia 1º de outubro de 2013 e a data da liquidação das operações de compra do BC será 2 de julho de 2014.

Em seguida, o BC faz um segundo leilão de linha, de até US$ 701 milhões, que não faz parte do pacote de atuações anunciado em 22 de agosto. O segundo leilão é para rolagem de contratos de linha que vencerão no início do próximo mês. A operação será das 11h30 às 11h35.

A taxa de câmbio a ser utilizadas nos dois leilões será a Ptax das 11 horas. Segundo apurou o jornalista Fabrício de Castro, a rolagem se refere ao leilão de linha realizado em 20 de junho deste ano e, ao fazer a operação, o BC evita a saída de recursos do sistema e pressão adicional de alta do dólar.

No Brasil, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acelerou de 0,15% em agosto para 1,50% em setembro, ficando dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, de 1,33% e 1,57%, e acima da mediana de 1,45%.

Nos EUA, saem hoje a renda pessoal e gastos com consumo em agosto (9h30) e índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan em setembro. Além dos discursos do presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren (9h30) e do presidente do Fed de Nova York, William Dudley (15h). Ambos têm poder de voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Na zona do euro, o índice de sentimento econômico subiu para 96,9 em setembro, de 95,3 em agosto, superando a previsão dos economistas de alta para 96,0 e atingindo o maior nível desde agosto de 2011. O resultado dava força ao euro ante o dólar nesta manhã.

Às 8h43, o euro sobe a US$ 1,3520, de US$ 1,3489 no fim da tarde de ontem. O dólar caía a 98,49 ienes, de 99,02 ienes no fim da tarde de ontem. O Dollar Index (DXY) caía 0,22%, a 80,342.

O dólar subia as moedas emergentes e ligadas a commodities: dólar australiano (+0,65%); dólar canadense (+0,16%); dólar neozelandês (+0,31%); rupia indiana (+0,78%); lira turca (+0,82%); rand sul-africano (+1,75%); peso mexicano (+0,82%); rublo russo (+0,32%).(

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