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Fitch rebaixa nota argentina e projeta default

O rebaixamento veio depois de um juiz determinar que a Argentina terá de reembolsar os detentores de 1,3 bilhão de dólares em títulos do país


	O juiz disse que a Argentina teria de reembolsar os detentores de bônus até 15 de dezembro
 (Joel Saget/AFP)

O juiz disse que a Argentina teria de reembolsar os detentores de bônus até 15 de dezembro (Joel Saget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 20h36.

Washington - A agência de classificação financeira Fitch rebaixou a nota da dívida da Argentina, nesta terça-feira, em cinco escalões, para "CC", alegando que "o default do país é provável".

O rebaixamento veio depois de um juiz de Nova York ter determinado em 21 de novembro que a Argentina terá de reembolsar os detentores de 1,3 bilhão de dólares em títulos do país já inadimplentes a 11 anos.

O juiz disse que a Argentina teria de reembolsar os detentores de bônus até 15 de dezembro, paralelamente à obrigação do país em pagar mais US$ 3 bilhões em dívidas reestruturadas anteriormente.

O governo argentino solicitou na segunda-feira à Corte de Apelações de Nova York a suspensão da ordem emitida pelo juiz Thomas Griesa para o pagamento de uma dívida de 1,33 bilhão de dólares com fundos especulativos, informou o ministério da Economia.

Na apelação, o governo argentino afirma que destaca as deficiências da ordem de Griesa e considera a decisão nula porque "o juiz carecia das competências necessárias para dispor a suspensão da medida de não inovar que regia o procedimento".

A decisão do juiz beneficiou os credores que não aceitaram a troça proposta pela Argentina e aceita por quase 93% dos proprietários de bônus em 2005 e 2010, após o default declarado em 2001 de quase 100 bilhões de dólares.

O juiz deu prazo até 15 de dezembro para o pagamento aos demandantes de 100% de seus bônus em apenas uma parcela, quando os 93% restantes aceitaram pagamentos próximos de 70% e prazos superiores a 20 anos.

Segundo a Fitch, "a economia da Argentina desacelerou acentuadamente em 2012, devido a maior intervenção do Estado. Esse processo ficou evidente pelo maior controle de capitais e pela nacionalização da YPF"

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