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Fitch eleva rating do Brasil de BBB- para BBB

Elevação da nota de crédito reflete o aumento da taxa potencial de crescimento do país, afirma agência

Transição de poder foi serena e o consenso sobre a responsabilidade das políticas macroeconômicas continuaram bem ancoradas, disse a agência (Viagem e Turismo)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 15h13.

São Paulo – A agência de classificação de risco Fitch elevou hoje (4) o rating soberano do Brasil de BBB- para BBB, com perspectiva estável. Segundo a nota publicada há instantes, a elevação da nota de crédito reflete o aumento do potencial sustentável da taxa de crescimento do país para um patamar entre 4% e 5%.

Segundo a nota assinada pela analista Shelly Shetty, o crescimento dá suporte às perspectivas fiscais de médio prazo e também para a continuidade do fortalecimento da posição de liquidez externa, o que aumenta capacidade do país de absorver choques.

Gestão pró-ativa e responsável do Tesouro levou a um aprimoramento da dívida doméstica, diz Shelly

“A trajetória de crescimento de médio prazo deve se manter relativamente robusta devido às dinâmicas de demanda doméstica, que são sustentadas pela diversidade econômica do país, com uma grande e extensa classe média e um ciclo positivo de investimentos”, afirmou Shelly.

Posição externa

Segundo a Fitch, a posição de liquidez externa do país se fortaleceu ainda mais durante a crise financeira, com as reservas internacionais chegando a 300 bilhões de dólares. “Enquanto o déficit de conta corrente possa ficar mais elevado do que no passado recente, a deterioração dos indicadores de dívida líquida externa será contida pela expectativa robusta de entrada de capital estrangeiro direto”, mostra a nota.

Controle de gastos

A agência destacou que o país tem emitido importantes sinais de que está comprometido com o controle fiscal. Shelly cita a decisão de reduzir o orçamento federal para 2011, o pequeno aumento no salário mínimo e a redução constante dos empréstimos do Tesouro para o BNDES.

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Rating do Brasil nas principais agências
FitchStandard & PoorsMoody's
AAAAAAAaa
AA+AA+Aa1
AAAAAa2
AA-AA-Aa3
A+A+A1
AAA2
A-A-A3
BBB+BBB+Baa1
BBB BBBBaa2
BBB- BBB- Baa3

“A Fitch também nota que a gestão pró-ativa e responsável do Tesouro levou a um aprimoramento maior da estrutura da dívida doméstica. Além disso, o Tesouro já assegurou uma quantidade considerável de recursos para a amortização da dívida externa para os próximos anos, o que reduz a vulberabilidade à volatilidade do mercado de capitais internacional”, revela o texto.

Desafios

Para Shelly, os principais desafios do Brasil para o curto prazo são a luta para levar a inflação de volta para o ponto mediano da meta (4,5% ao ano) e para reduzir o ritmo do crescimento do crédito. Daqui para frente, novas mudanças na percepção de crédito dependerão de reformas econômicas que tornem o país mais competitivo e que aprimorem a estrutura de finanças públicas do Brasil.

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Segundo a nota assinada pela analista Shelly Shetty, o crescimento dá suporte às perspectivas fiscais de médio prazo e também para a continuidade do fortalecimento da posição de liquidez externa, o que aumenta capacidade do país de absorver choques.

Gestão pró-ativa e responsável do Tesouro levou a um aprimoramento da dívida doméstica, diz Shelly

“A trajetória de crescimento de médio prazo deve se manter relativamente robusta devido às dinâmicas de demanda doméstica, que são sustentadas pela diversidade econômica do país, com uma grande e extensa classe média e um ciclo positivo de investimentos”, afirmou Shelly.

Posição externa

Segundo a Fitch, a posição de liquidez externa do país se fortaleceu ainda mais durante a crise financeira, com as reservas internacionais chegando a 300 bilhões de dólares. “Enquanto o déficit de conta corrente possa ficar mais elevado do que no passado recente, a deterioração dos indicadores de dívida líquida externa será contida pela expectativa robusta de entrada de capital estrangeiro direto”, mostra a nota.

Controle de gastos

A agência destacou que o país tem emitido importantes sinais de que está comprometido com o controle fiscal. Shelly cita a decisão de reduzir o orçamento federal para 2011, o pequeno aumento no salário mínimo e a redução constante dos empréstimos do Tesouro para o BNDES.

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FitchStandard & PoorsMoody's
AAAAAAAaa
AA+AA+Aa1
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AA-AA-Aa3
A+A+A1
AAA2
A-A-A3
BBB+BBB+Baa1
BBB BBBBaa2
BBB- BBB- Baa3

“A Fitch também nota que a gestão pró-ativa e responsável do Tesouro levou a um aprimoramento maior da estrutura da dívida doméstica. Além disso, o Tesouro já assegurou uma quantidade considerável de recursos para a amortização da dívida externa para os próximos anos, o que reduz a vulberabilidade à volatilidade do mercado de capitais internacional”, revela o texto.

Desafios

Para Shelly, os principais desafios do Brasil para o curto prazo são a luta para levar a inflação de volta para o ponto mediano da meta (4,5% ao ano) e para reduzir o ritmo do crescimento do crédito. Daqui para frente, novas mudanças na percepção de crédito dependerão de reformas econômicas que tornem o país mais competitivo e que aprimorem a estrutura de finanças públicas do Brasil.

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