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Feriados e Treasuries fazem juro de longo prazo subir

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para julho de 2014 estava em 10,32%, de 10,31% ajuste anterior

Bovespa: devido ao baixo volume de negociação entre os feriados de Natal e ano-novo, pequenas operações foram capazes de causar oscilações mais fortes nos juros (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 17h19.

São Paulo - O avanço firme dos yields dos Treasuries resultou em alta consistente das taxas futuras de juros domésticas, especialmente nos vencimentos mais longos.

O movimento foi amplificado ainda pelo baixo volume de negociação neste intervalo entre os feriados de Natal e ano-novo, uma vez que pequenas operações foram capazes de causar oscilações mais fortes nos juros, resultando em ordens de 'stop loss'. Com o noticiário esvaziado, as taxas futuras mais curtas, por sua vez, ficaram perto dos ajustes.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para julho de 2014 estava em 10,32%, de 10,31% ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 indicava 10,63%, de 10,62% no ajuste de segunda-feira. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 apontava 12,40%, ante 12,31%. A taxa do DI para janeiro de 2021 marcava 13,12%, de 13,02% no ajuste anterior.

"A única explicação para esse avanço mais consistente dos juros longos é o avanço do yield do Treasury de 10 anos para acima de 3%", afirmou o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. Mesmo porque, de acordo com Petrassi, o noticiário doméstico foi neutro.

Nesta manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou que a inflação medida pelo IPC-S desacelerou para 0,66% na terceira quadrissemana de dezembro.

O resultado ficou 0,09 ponto porcentual abaixo do registrado na leitura imediatamente anterior, quando o indicador apresentou variação de 0,75%. Já a confiança da indústria subiu 1,1% em dezembro ante novembro, passando de 99 pontos para 100,1 pontos, de acordo com pesquisa divulgada também pela FGV.

No exterior, saiu a informação de que os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caíram para 338 mil na semana até 21 de dezembro, ante previsão de 344 mil.


O dado reforça as apostas de que o Fed deve continuar reduzindo os estímulos no começo de 2014, o que fez o dólar ganhar força ante algumas moedas e os juros dos Treasuries seguirem em alta. O yield do T-note de 10 anos estava em 2,991% às 17h10, de 2,981% no fim da tarde de terça-feira e após bater na máxima intraday de 3,001%.

Estava prevista para esta quinta-feira a divulgação do resultado primário do governo central em novembro, mas o Ministério da Fazenda cancelou a liberação do dado e marcou o anúncio para esta sexta-feira, 27, às 10h30.

Analistas consultados pelo AE Projeções esperam superávit de R$ 30 bilhões, após o fraco saldo de R$ 5,436 bilhões em outubro, que foi o pior resultado para o mês em nove anos. Também nesta sexta-feira, o Banco Central (BC) anunciará o superávit primário do setor público consolidado em novembro.

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São Paulo - O avanço firme dos yields dos Treasuries resultou em alta consistente das taxas futuras de juros domésticas, especialmente nos vencimentos mais longos.

O movimento foi amplificado ainda pelo baixo volume de negociação neste intervalo entre os feriados de Natal e ano-novo, uma vez que pequenas operações foram capazes de causar oscilações mais fortes nos juros, resultando em ordens de 'stop loss'. Com o noticiário esvaziado, as taxas futuras mais curtas, por sua vez, ficaram perto dos ajustes.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para julho de 2014 estava em 10,32%, de 10,31% ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 indicava 10,63%, de 10,62% no ajuste de segunda-feira. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 apontava 12,40%, ante 12,31%. A taxa do DI para janeiro de 2021 marcava 13,12%, de 13,02% no ajuste anterior.

"A única explicação para esse avanço mais consistente dos juros longos é o avanço do yield do Treasury de 10 anos para acima de 3%", afirmou o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. Mesmo porque, de acordo com Petrassi, o noticiário doméstico foi neutro.

Nesta manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou que a inflação medida pelo IPC-S desacelerou para 0,66% na terceira quadrissemana de dezembro.

O resultado ficou 0,09 ponto porcentual abaixo do registrado na leitura imediatamente anterior, quando o indicador apresentou variação de 0,75%. Já a confiança da indústria subiu 1,1% em dezembro ante novembro, passando de 99 pontos para 100,1 pontos, de acordo com pesquisa divulgada também pela FGV.

No exterior, saiu a informação de que os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caíram para 338 mil na semana até 21 de dezembro, ante previsão de 344 mil.


O dado reforça as apostas de que o Fed deve continuar reduzindo os estímulos no começo de 2014, o que fez o dólar ganhar força ante algumas moedas e os juros dos Treasuries seguirem em alta. O yield do T-note de 10 anos estava em 2,991% às 17h10, de 2,981% no fim da tarde de terça-feira e após bater na máxima intraday de 3,001%.

Estava prevista para esta quinta-feira a divulgação do resultado primário do governo central em novembro, mas o Ministério da Fazenda cancelou a liberação do dado e marcou o anúncio para esta sexta-feira, 27, às 10h30.

Analistas consultados pelo AE Projeções esperam superávit de R$ 30 bilhões, após o fraco saldo de R$ 5,436 bilhões em outubro, que foi o pior resultado para o mês em nove anos. Também nesta sexta-feira, o Banco Central (BC) anunciará o superávit primário do setor público consolidado em novembro.

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