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Feriado em SP rouba liquidez e câmbio oscila

As atenções dos investidores de outras praças do país se voltam hoje para os dados de inflação doméstica e para o ambiente de negócios favorável no exterior


	No mercado à vista de balcão, o dólar começou a ser negociado nesta terça-feira, 9, a R$ 2,2650, com alta de 0,31%
 (Arif Ali/AFP)

No mercado à vista de balcão, o dólar começou a ser negociado nesta terça-feira, 9, a R$ 2,2650, com alta de 0,31% (Arif Ali/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2013 às 11h32.

São Paulo - Com o feriado hoje no Estado de São Paulo pela Revolução Constitucionalista de 1932, a BM&FBovespa está fechada. Sem a referência dos mercados futuros da bolsa, apenas o mercado de câmbio de balcão opera em outros Estados do País. No mercado à vista de balcão, o dólar começou a ser negociado nesta terça-feira, 9, a R$ 2,2650, com alta de 0,31%.

Os principais bancos em São Paulo trabalham hoje em esquema de plantão para atender exclusivamente os clientes de comércio exterior de outros Estados, disse um operador de tesouraria de um grande banco nacional.

Desse modo, a expectativa é de que a liquidez será bem reduzida, disse o profissional. "Sem a bolsa, não há presença de especulador nem do investidor que faz arbitragens entre o câmbio à vista e o futuro. A tendência é de o dólar oscilar pouco e em função do fluxo de recursos de clientes de comércio exterior de outras praças", afirmou.

Nas outras cidades do País, os bancos e corretoras que operam câmbio devem cobrar um spread maior que o habitual entre os preços de compra e de venda de moedas.

"Na venda, o ágio incidente na operação fica um pouco maior, enquanto que o preço de compra de moedas pelas instituições financeiras costuma ser um pouco mais baixo que o habitual. Desse modo, as instituições financeiras garantem uma taxa de proteção mais larga nessas operações, afirmou o gerente de câmbio João Paulo de Gracia Correa, da Correparti Corretora, com sede em Curitiba.

As atenções dos investidores de outras praças do País se voltam hoje para os dados de inflação doméstica e para o ambiente de negócios favorável no exterior. No Brasil, os índices de preços divulgados mais cedo vieram melhores que o esperado. A 1ª prévia do IGP-M de julho subiu 0,26% ante alta de 0,43% na 1ª prévia de junho.

A taxa ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam de alta de 0,31% a 0,68% (mediana de 0,52%).


Já o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) recuou em seis das sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de julho ante a última leitura de junho. No geral, o IPC-S desacelerou de 0,35% para 0,23% no período.

No exterior, as bolsas da Europa e os índices futuros em Nova York operam em alta nesta terça-feira. Já o dólar sobe ante o euro e o iene, mas recua em relação a algumas moedas correlacionadas a commodities. Em Nova York, às 9h26, o euro caía a US$ 1,2856, ante US$ 1,2870 no fim da tarde de ontem.

O dólar subia a 101,25 ienes, de 100,97 ienes na véspera. A moeda norte-americana recuava ante o dólar australiano (-0,31%), o dólar canadense (-0,06%), a rupia indiana (-0,89%), o peso mexicano (-0,22%) e o dólar neozelandês (-0,55%).

Na Europa, os ministros das Finanças da zona do euro concordaram ontem em desbloquear a próxima tranche de ajuda financeira para a Grécia, desde que o país adote as medidas exigidas pelos seus credores até 19 de julho.

Nos Estados Unidos, a Alcoa informou ontem que teve um prejuízo líquido de US$ 119 milhões no segundo trimestre de 2013, ou US$ 0,11 por ação, ampliando as perdas registradas no trimestre anterior. A receita da companhia caiu 1,9%, para US$ 5,85 no segundo trimestre.


Os analistas ouvidos pela Thomson Reuters projetavam lucro de US$ 0,06 por ação e receita de US$ 5,83 bilhões no último trimestre. As ações da Alcoa subiam 1,01% por volta das 9h20 no pré-mercado em Nova York. A valorização reflete um lucro ajustado acima das expectativas, enquanto as receitas ficaram em linha com as projeções.

Na China, a inflação ao consumidor (CPI, em inglês) subiu 2,7% em junho, em bases anuais, superando a alta de 2,5% previstas pelos economistas e o aumento de 2,1% registrado em maio. O dado sinaliza que o crescimento da maior economia da Ásia segue razoavelmente robusto.

Já o índice de preços ao produtor (PPI) da China caiu 2,7% em junho em relação ao mês anterior, abaixo do declínio de 2,9% em maio, segundo dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China. O dado veio em linha com o declínio de 2,7% previsto por economistas ouvidos pela Dow Jones. O PPI também caiu 0,6% em junho em relação a maio.

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