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Fed mantém taxa de juros entre 5,25% e 5,50% e cita cautela com inflação em comunicado

Apesar de manter as taxas de juros inalteradas, algumas alterações no comunicado mostram um tom mais dovish do Fed, explica especialista

EUA: em linha com o mercado, Fed mantém juros (Ting Shen/Bloomberg via/Getty Images)
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 31 de julho de 2024 às 15h26.

Última atualização em 31 de julho de 2024 às 16h33.

Em uma decisão unânime e alinhado com o consenso do mercado, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) manteve a taxa básica de juros na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano.No comunicado, o Fed argumentou que dados recentes mostram que a economia continua a se expandir em ritmo sólido. Apesar da inflação ter desacelerado no último ano, o Fed também afirma que ela segue elevada.

Entretanto, reconhece que nos últimos meses houve um pouco mais de progresso em direção à meta de 2%. Assim como os especialistas ouvidos pela EXAME Invest anteciparam, o Fed afirmou novamente que precisa de mais confiança para cortar juros: “Não esperamos que seja apropriado cortar juros até haver mais confiança na inflação”, diz em comunicado.

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O Fed ressaltou, inclusive, que está "preparado para ajustar a postura da política monetária se surgirem riscos que possam impedir a obtenção das metas do Comitê.”

O comunicado, em certo modo, repetiu o que já era aguardado pelos investidores, mas alguns pontos “novos” chamaram a atenção. O Fed substituiu a avaliação sobre ganhos de empregos de "seguiu forte" para "moderou". Outro ponto foi a troca da avaliação de que está atento à inflação para "atento aos dois lados do mandato”. O Fed, atualmente, possui um mandato duplo: controlar a inflação e manter o mercado de trabalho estável.

José Maria Silva, coordenador de alocação e inteligência da Avenue, também cita que como destaque no comunicado a parte onde o Fed muda de “a inflação permanece elevada” para “a inflação permanece um tanto elevada”. "Ambas alterações mostram um tom mais dovish do Fed", explica Silva.

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