Exame Logo

Facebook dá primeiro passo para oferta pública de ações

Empresa de Mark Zuckerberg, de 27 anos, solicita abertura de capital a órgão regulador americano. Estima-se que valor da companhia chegue a US$ 100 bi

Mark Zuckerberg: jovem fundador do Facebook deverá tomar mais cuidado com suas decisões (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2012 às 19h01.

São Paulo - O Facebook , maior rede social do planeta, deu nesta quarta-feira o primeiro passo para sua entrada oficial na bolsa de valores. A empresa apresentou à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro americano, documentação que rascunha suas finanças e socilita autorização para fazer a oferta inicial de ações (IPO) a investidores. O processo até lá deve consumir no mínimo um mês.

Estima-se que a empresa, fundada em 2004 por Mark Zuckerberg, então com 19 anos, pretenda captar com a oferta de papéis cerca de 5 bilhões de dólares. Isso elevaria seu valor de mercado a cerca de 100 bilhões de dólares, calculados a partir de participações de acionistas da empresa de capital fechado e de aportes feitos ao longo de oito anos por investidores de risco, bancos especializados e até companhias como a Microsoft. A rede fechou o ano de 2011 com uma receita publicitária de 3,8 bilhões de dólares, segundo a EMarketer, empresa de análise de tendências em marketing digital e mídia, e com mais de 800 milhões de cadastrados em todo o mundo e, embora a publicidade seja sua maior fonte de receita, são os usuários – e suas informações – a maior joia da rede de Zuckerberg.

O processo de IPO e a futura captação de recursos devem ser capitaneados pelo banco Morgan Stanley. A captação inicial é projetada com base no número de papéis oferecidos na bolsa – que são apenas uma fração do total de ações disponibilizadas ao público que deseja ter uma participação na rede social.

Contudo, a definição de valores ainda pode levar tempo. Feito o pedido de autorização para IPO na SEC, o Facebook terá de aguardar o sinal verde do órgão regulador americano para dar sequência ao processo. Segundo Celina Ramalho, professora da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), a comissão é formada por analistas de mercado autônomos, que avaliam a situação jurídica e patrimonial da empresa a partir do prospecto, um dossiê de documentos organizado pela própria companhia.


Após receber sinal verde da instituição, em prazo estimado em 20 dias, a companhia se reúne ao seu banco de investimento para apresentar seu prospecto a grandes investidores. Nessa fase, é definido o preço das ações. "É a companhia em questão quem decide, inclusive, em que bolsa irá atuar (Nasdaq ou Bolsa de Nova York) e quando fará, definitivamente, a sua estreia no mercado financeiro", explica Fernando Galdi, professor da Fundação do Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).

Mudanças à vista - Na prática, a IPO muda muita coisa no Facebook. Segundo Fernando Belfort, analista da consultoria americana Frost & Sullivan, a oferta de ações ao mercado traz mais responsabilidade ao fundador da rede, Mark Zuckerberg, que terá de mudar sua postura diante da opinião pública.

"Tudo o que Zuckerberg falar pode influenciar no valor da empresa. Como ele é muito jovem, a companhia terá de melhorar a sua comunicação", explica ao lembrar que a estratégia da rede social também terá de ser repensada, conforme afirma Belfort. “A partir do IPO, ela terá de avaliar melhor cada nova implementação e cada mudança em sua plataforma, afinal qualquer deslize representará queda em suas ações."

De acordo com Belfort, os maiores ativos da companhia estão na gigantesca base dados, responsável direta pela positiva projeção do mercado. Embora a publicidade seja sua maior fonte de receita atualmente, são os usuários – e suas informações – a maior joia da rede de Zuckerberg.

Veja também

São Paulo - O Facebook , maior rede social do planeta, deu nesta quarta-feira o primeiro passo para sua entrada oficial na bolsa de valores. A empresa apresentou à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro americano, documentação que rascunha suas finanças e socilita autorização para fazer a oferta inicial de ações (IPO) a investidores. O processo até lá deve consumir no mínimo um mês.

Estima-se que a empresa, fundada em 2004 por Mark Zuckerberg, então com 19 anos, pretenda captar com a oferta de papéis cerca de 5 bilhões de dólares. Isso elevaria seu valor de mercado a cerca de 100 bilhões de dólares, calculados a partir de participações de acionistas da empresa de capital fechado e de aportes feitos ao longo de oito anos por investidores de risco, bancos especializados e até companhias como a Microsoft. A rede fechou o ano de 2011 com uma receita publicitária de 3,8 bilhões de dólares, segundo a EMarketer, empresa de análise de tendências em marketing digital e mídia, e com mais de 800 milhões de cadastrados em todo o mundo e, embora a publicidade seja sua maior fonte de receita, são os usuários – e suas informações – a maior joia da rede de Zuckerberg.

O processo de IPO e a futura captação de recursos devem ser capitaneados pelo banco Morgan Stanley. A captação inicial é projetada com base no número de papéis oferecidos na bolsa – que são apenas uma fração do total de ações disponibilizadas ao público que deseja ter uma participação na rede social.

Contudo, a definição de valores ainda pode levar tempo. Feito o pedido de autorização para IPO na SEC, o Facebook terá de aguardar o sinal verde do órgão regulador americano para dar sequência ao processo. Segundo Celina Ramalho, professora da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), a comissão é formada por analistas de mercado autônomos, que avaliam a situação jurídica e patrimonial da empresa a partir do prospecto, um dossiê de documentos organizado pela própria companhia.


Após receber sinal verde da instituição, em prazo estimado em 20 dias, a companhia se reúne ao seu banco de investimento para apresentar seu prospecto a grandes investidores. Nessa fase, é definido o preço das ações. "É a companhia em questão quem decide, inclusive, em que bolsa irá atuar (Nasdaq ou Bolsa de Nova York) e quando fará, definitivamente, a sua estreia no mercado financeiro", explica Fernando Galdi, professor da Fundação do Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).

Mudanças à vista - Na prática, a IPO muda muita coisa no Facebook. Segundo Fernando Belfort, analista da consultoria americana Frost & Sullivan, a oferta de ações ao mercado traz mais responsabilidade ao fundador da rede, Mark Zuckerberg, que terá de mudar sua postura diante da opinião pública.

"Tudo o que Zuckerberg falar pode influenciar no valor da empresa. Como ele é muito jovem, a companhia terá de melhorar a sua comunicação", explica ao lembrar que a estratégia da rede social também terá de ser repensada, conforme afirma Belfort. “A partir do IPO, ela terá de avaliar melhor cada nova implementação e cada mudança em sua plataforma, afinal qualquer deslize representará queda em suas ações."

De acordo com Belfort, os maiores ativos da companhia estão na gigantesca base dados, responsável direta pela positiva projeção do mercado. Embora a publicidade seja sua maior fonte de receita atualmente, são os usuários – e suas informações – a maior joia da rede de Zuckerberg.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookInternetIPOsMercado financeiroRedes sociais

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame