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Exterior pior e ação do BC no dólar fazem juros caírem

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 estava em 7,87%, nivelado ao ajuste

A taxa do contrato para janeiro de 2014 cedia para 8,34%, de 8,44% na véspera (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2012 às 17h08.

São Paulo - A piora do ambiente externo e a atuação firme do Banco Central para limitar a cotação do dólar, por meio de novo leilão de swap, tirou um pouco dos prêmios embutidos na curva a termo de juros futuros. Isso, no entanto, não trouxe de volta as apostas de um corte da Selic mais agressivo na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana.

Lá fora, as expectativas que deram ânimo aos investidores na segunda e terça-feiras, de que os líderes europeus poderiam anunciar ações para estimular o crescimento, inclusive com o lançamento de eurobônus, foram se esvaziando ao longo do dia. Além disso, informações sobre cálculos envolvendo o custo de saída da Grécia do euro e a preocupação com o contágio à Espanha, adicionam aversão ao risco.

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (390.950 contratos) estava em 7,87%, nivelado ao ajuste. A taxa do contrato para janeiro de 2014 (588.280 contratos) cedia para 8,34%, de 8,44% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (80.110 contratos) marcava 9,76%, de 9,89% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (2.110 contratos) recuava para 10,29%, de 10,42% no ajuste.

Lá fora, há cada vez mais sinais de que os países europeus estão se preparando para a saída da Grécia do euro. Pela manhã, o Bundesbank afirmou que os eventos na Grécia são "altamente alarmantes" e que a zona do euro poderá lidar com a desistência do país helênico ao socorro.


E há fortes rumores de que o Banco Central Europeu (BCE) e os governos dos países da zona do euro estão acelerando seus esforços para avaliar os custos de uma possível saída da Grécia da união monetária, e preparando planos de contingencia para isso. O BCE se recusou a comentar essas informações.

O resultado de tudo isso é o aumento dos custos de financiamento do governo da Espanha, ao passo que os bônus da Alemanha pagam taxa perto de zero, indicando a busca por segurança.

No âmbito doméstico, o que mais pesou foi a nova atuação do Banco Central no mercado de câmbio. A autoridade monetária fez outro leilão de swap - equivalente à venda de moeda no futuro -, mas a quantidade absorvida foi inferior à ofertada. Ainda assim, a moeda dos EUA saiu do patamar de R$ 2,10 atingido pela manhã, para terminar na mínima de R$ 2,0430, com queda de 1,73%.

Entre os indicadores domésticos, ainda que sem peso na formação de preços dos DIs, a Fundação Getulio Vargas informou que o IPC-S ficou em 0,50% na terceira quadrissemana de maio, desacelerando ante o 0,55% da medição anterior. Agora à tarde, o Tesouro Nacional informou que a Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 1,880 trilhão em abril, o que representa um crescimento de 1,32% em relação a março.

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São Paulo - A piora do ambiente externo e a atuação firme do Banco Central para limitar a cotação do dólar, por meio de novo leilão de swap, tirou um pouco dos prêmios embutidos na curva a termo de juros futuros. Isso, no entanto, não trouxe de volta as apostas de um corte da Selic mais agressivo na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana.

Lá fora, as expectativas que deram ânimo aos investidores na segunda e terça-feiras, de que os líderes europeus poderiam anunciar ações para estimular o crescimento, inclusive com o lançamento de eurobônus, foram se esvaziando ao longo do dia. Além disso, informações sobre cálculos envolvendo o custo de saída da Grécia do euro e a preocupação com o contágio à Espanha, adicionam aversão ao risco.

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (390.950 contratos) estava em 7,87%, nivelado ao ajuste. A taxa do contrato para janeiro de 2014 (588.280 contratos) cedia para 8,34%, de 8,44% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (80.110 contratos) marcava 9,76%, de 9,89% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (2.110 contratos) recuava para 10,29%, de 10,42% no ajuste.

Lá fora, há cada vez mais sinais de que os países europeus estão se preparando para a saída da Grécia do euro. Pela manhã, o Bundesbank afirmou que os eventos na Grécia são "altamente alarmantes" e que a zona do euro poderá lidar com a desistência do país helênico ao socorro.


E há fortes rumores de que o Banco Central Europeu (BCE) e os governos dos países da zona do euro estão acelerando seus esforços para avaliar os custos de uma possível saída da Grécia da união monetária, e preparando planos de contingencia para isso. O BCE se recusou a comentar essas informações.

O resultado de tudo isso é o aumento dos custos de financiamento do governo da Espanha, ao passo que os bônus da Alemanha pagam taxa perto de zero, indicando a busca por segurança.

No âmbito doméstico, o que mais pesou foi a nova atuação do Banco Central no mercado de câmbio. A autoridade monetária fez outro leilão de swap - equivalente à venda de moeda no futuro -, mas a quantidade absorvida foi inferior à ofertada. Ainda assim, a moeda dos EUA saiu do patamar de R$ 2,10 atingido pela manhã, para terminar na mínima de R$ 2,0430, com queda de 1,73%.

Entre os indicadores domésticos, ainda que sem peso na formação de preços dos DIs, a Fundação Getulio Vargas informou que o IPC-S ficou em 0,50% na terceira quadrissemana de maio, desacelerando ante o 0,55% da medição anterior. Agora à tarde, o Tesouro Nacional informou que a Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 1,880 trilhão em abril, o que representa um crescimento de 1,32% em relação a março.

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