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Exposição a aços longos tornam ações da Gerdau atrativas, diz BES

Analista do banco reiniciou a cobertura dos papéis companhia com recomendação de compra

Aciaria da siderúrgica Gerdau (Divulgação/Gerdau)

Aciaria da siderúrgica Gerdau (Divulgação/Gerdau)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2011 às 10h59.

São Paulo – A estratégia da Gerdau em manter a sua elevada exposição no mercado de aços longos dos Estados Unidos agrada a equipe de pesquisa do Banco Espírito Santo (BES), que reiniciou a cobertura das ações da companhia com recomendação de compra.

Em relatório, o analista Juliano Navarro afirmou que a Gerdau é a top pick do universdo de cobertura do banco no setor e revisou o preço-alvo para as ações preferenciais (GGBR4) de 31,8 reais para 24,40 reais e para os papéis da Gerdau Metalúrgica (GOUA4) de 39,40 reais para 30,30 reais até o final de 2011. Os novos valores representam um potencial de alta de 49,05% e 49,26%, respectivamente, levando em conta as cotações vistas no fechamento do pregão de ontem (8).

Segundo Navarro, os novos preços-alvos refletem o maior número de ações pós-oferta, os resultados apresentados no primeiro trimestre, além das menores projeções de ganho estimadas para 2011 e 2012. "Temos uma visão positiva em relação à estratégia da Gerdau em manter a sua elevada exposição no mercado de aços longos dos EUA, sem mencionar a unidade de aços especiais, que foi impulsionada por uma forte retomada das vendas dos fabricantes de automóveis nos EUA em 2010", diz.

“Como conseqüência, o custo de produção de aço nos EUA hoje é menor do que no Brasil, onde o Real valorizado é outro fator-chave que contribui para essa diferença”, afirma o analista.

Ele acredita que a Gerdau poderia alavancar sua plataforma de produção de aços longos nos Estados Unidos, direcionando o produto para outros mercados, assim como vem fazendo no México, o que aumentaria consequentemente o nível de utilização da capacidade na América do Norte.

Minério de ferro

Navarro também avaliou os ativos de mineração da Gerdau, onde adotou premissas conservadoras para os negócios da companhia na área de minério de ferro, “dado que a empresa não revelou detalhes sobre o seu projeto”, afirma. O BES acredita que o valor dos ativos de mineração da Gerdau totaliza 4,5 bilhões de reais (2,8 bilhões de dólares), o que corresponde a 2,7 reais para cada ação e potencial de valorização de 16%.

“Acreditamos que a Gerdau deve anunciar mais detalhes sobre os próximos passos da sua estratégia de monetizar os ativos de minério de ferro em até seis meses. No curto prazo, esperamos que as ações da Gerdau passem a refletir o valor potencial dos ativos de mineração, que em nossa visão não estão precificados”, conclui Navarro.

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