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Ex-diretor do Goldman Sachs é preso por insider trading

O executivo Rajat Gupta pode ter ajudado Raj Rajaratnam a acumular ganhos de mais de US$ 23 milhões com informações privilegiadas do Goldman Sachs e da Procter & Gamble

Para o jornal New York Times, o desafio do governo no caso de Rajat Gupta será provar que ele teve algum ganho financeiro com a informação de balanço do Procter & Gamble (Spencer Platt/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 19h25.

São Paulo - Rajat Gupta, executivo indiano que foi diretor do Goldman Sachs, foi preso na última quarta-feira, sob acusação de insider trading com Raj Rajaratnam, fundador do Galleon Group, condenado a onze anos de prisão também por crime no mercado financeiro. Segundo o Wall Street Journal, o executivo era "um dos poucos" que conseguiu se tornar um "ícone para muitos na Índia que buscam crescer os Estados Unidos e em outros lugares".

Gupta foi conselheiro de inúmeras companhias de peso, como Goldman Sachs, Procter & Gamble e American Airlines. Justamente por seu trabalho nessas empresas, grampos telefônicos mostraram conversas dele com o executivo Raj Rajaratnam, fornecendo informações privilegiadas sobre o banco de investimentos Goldman e o conglomerado de empresas P&G. De acordo com as acusações, o insider trading ocorreu quando Rajat Gupta era diretor nessas companhias. Rajaratnam pode ter acumulado ganhos de mais de US$ 23 milhões.

De acordo com o blog DealB%k, do jornal New York Times, o desafio do governo no caso de Rajat Gupta será provar que ele teve algum ganho financeiro com a informação de balanço do Procter & Gamble, e não somente uma ligação telefônica com informações da empresa. "Casos de insider trading feitos com apenas um tipo de evidências mostram circunstâncias suspeitas, mas não são fáceis de provar, especialmente quando o réu é um executivo bem-visto", afirma o texto do NYT.

O WSJ reforça que o caso de Gupta é muito polêmico para Índia, um país que via o executivo com bons olhos. Uma das maiores contribuições do empresário para o país foi a fundação da Indian School of Business, em Hyderabad, que fornece uma educação global, relembra o Wall Street Journal. Em sua defesa, Rajat Gupta afirmou que não é culpado pelos supostos crimes.

Gupta foi ontem solto após pagar uma fiança de 10 milhões de dólares. O seu passaporte foi confiscado e ele não pode sair dos Estados Unidos. O julgamento deve ocorrer, no máximo, até 9 de abril de 2012.

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Gupta foi conselheiro de inúmeras companhias de peso, como Goldman Sachs, Procter & Gamble e American Airlines. Justamente por seu trabalho nessas empresas, grampos telefônicos mostraram conversas dele com o executivo Raj Rajaratnam, fornecendo informações privilegiadas sobre o banco de investimentos Goldman e o conglomerado de empresas P&G. De acordo com as acusações, o insider trading ocorreu quando Rajat Gupta era diretor nessas companhias. Rajaratnam pode ter acumulado ganhos de mais de US$ 23 milhões.

De acordo com o blog DealB%k, do jornal New York Times, o desafio do governo no caso de Rajat Gupta será provar que ele teve algum ganho financeiro com a informação de balanço do Procter & Gamble, e não somente uma ligação telefônica com informações da empresa. "Casos de insider trading feitos com apenas um tipo de evidências mostram circunstâncias suspeitas, mas não são fáceis de provar, especialmente quando o réu é um executivo bem-visto", afirma o texto do NYT.

O WSJ reforça que o caso de Gupta é muito polêmico para Índia, um país que via o executivo com bons olhos. Uma das maiores contribuições do empresário para o país foi a fundação da Indian School of Business, em Hyderabad, que fornece uma educação global, relembra o Wall Street Journal. Em sua defesa, Rajat Gupta afirmou que não é culpado pelos supostos crimes.

Gupta foi ontem solto após pagar uma fiança de 10 milhões de dólares. O seu passaporte foi confiscado e ele não pode sair dos Estados Unidos. O julgamento deve ocorrer, no máximo, até 9 de abril de 2012.

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