Mercados

EUA vencem disputa contra China sobre importação de frango

Painel de arbitragem entendeu que a China havia quebrado regras da entidade em pelo menos 16 de 21 pontos reclamados pelos EUA


	Reclamação dos EUA, enviada em setembro de 2011, era a respeito de taxas impostas pela China à importação de cortes de carne de frango
 (Ana Nascimento/AGÊNCIA BRASIL)

Reclamação dos EUA, enviada em setembro de 2011, era a respeito de taxas impostas pela China à importação de cortes de carne de frango (Ana Nascimento/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 14h55.

Genebra - Os Estados Unidos venceram uma disputa contra a China na Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta sexta-feira sobre importação de carne de frango, o que potencialmente poderá beneficiar uma divisão norte-americana da brasileira JBS, a Pilgrim's Pride.

Um painel de arbitragem entendeu que a China havia quebrado regras da entidade em pelo menos 16 de 21 pontos reclamados pelos EUA a respeito de importações de frango.

"Esta decisão manda uma mensagem clara que a administração Obama pode brigar e ganhar em favor dos produtores, negócios e trabalhadores norte-americanos no sistema global de comércio, assegurando que a América pode se beneficiar das regras e do acesso de mercado que negociamos em nossos tratados internacionais de comércio", disse o Representante de Comércio dos EUA, Michael Froman, em uma nota enviada por email.

A reclamação dos EUA, enviada em setembro de 2011, era a respeito de taxas impostas pela China à importação de cortes de carne de frango dos EUA. O episódio foi visto como parte de uma série de reclamações em retaliação e ocorreu depois que os EUA barraram as importações de carne de frango cozida da China.

Os EUA disseram à OMC que eram os maiores exportadores de cortes de frango para a China antes da imposição das tarifas e que posteriormente suas vendas ao país asiático caíram 90 por cento.

O processo aberto pelos EUA citava prejuízos a exportadores como a Pilgrim's Pride, controlada pela brasileira JBS; a Tyson Foods; e a Keystone, uma marca da empresa de alimentos brasileira Marfrig.

A China justificou as tarifas dizendo que as importações dos EUA eram subsidiadas de maneira injusta e inundava o mercado chinês, provocando concorrência desleal e prejudicando a indústria local.

O Ministério de Comércio da China não comentou imediatamente a decisão da OMC. A China tem prazo de 60 dias para apelar da decisão.

Acompanhe tudo sobre:AlimentosÁsiaChinaEstados Unidos (EUA)Países ricosTrigo

Mais de Mercados

“Reação absolutamente extremada”, diz CEO do Bradesco sobre queda dos mercados

Bradesco surpreende mercado no 2º tri e aumenta aposta: “vamos ficar acima do esperado”

Temor de recessão nos Estados Unidos derruba bolsas na Ásia e Europa

Ibovespa opera em queda de mais de 1% com tombo do mercado no Japão; dolar sobe 1,09% a R$ 5,772

Mais na Exame