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'Eu não apostaria contra', diz BTG sobre ações de educação com possível 'volta' de Fies e ProUni

Participação do Fies na receita das principais empresas do setor já foi próxima de 50%, segundo levantamento do banco

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Sala de aula de universidade da Kroton (Germano Lüders/Exame)

Sala de aula de universidade da Kroton (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 22 de setembro de 2022, 15h25.

Última atualização em 22 de setembro de 2022, 15h34.

A possibilidade de aumento de incentivos do governo aos programas ProUni e Fies, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saia vitorioso da disputa presidencial, parece ter mudado o humor do mercado sobre ações de educação. Após amargarem sucessivas quedas desde o início da pandemia, as principais empresas do setor têm apresentado significativa valorização desde segunda-feira, 19, quando o mercado passou a precificar as declarações de Lula feitas no fim de semana. No Twitter, o ex-presidente disse que os ProUni e o Fies voltariam "com força" em seu eventual governo.

Até o pregão desta quinta-feira, 22, Cogna (CONG3), Ser (SEER3) e Ânima (ANIM3), acumulavam respectivas altas de 13%, 14% e 19%. A Yduqs (YDUQ3) foi a que mais subiu, com valorização acumulada de 24%.

"Com mais investidores atribuindo maiores chances de incentivos setoriais mais fortes, evitaríamos posições vendidas no setor de educação", afirmaram os analistas do BTG Pactual em relatório recente.

Embora veja a aposta de desvalorização dos papéis como arriscada demais, o BTG também não acredita que seja o momento de comprar os papéis. 

"Ainda que o pior provavelmente já tenha passado, não esperamos uma recuperação em forma de V em breve. Com todos os desafios e balanços alavancados, continuamos à margem do setor", disse o relatório. Pelas contas do banco, o setor vem sendo negociado na bolsa a cerca de 6 vezes EV/EBITDA, o que "não é caro e nem atrativo".

Fies menos relevante desde 2014

No auge do Fies, em 2014, o programa representava cerca de 50% da receita das principais companhias do setor, como Ser e Cogna. Mas, de acordo com o levantamento do BTG, esse saldo caiu para próximo de 10%, em 2021. A queda de novos contratos do Fies no período foi de 732,7 mil para 53,9 mil, com redução dos gastos do governo de R$ 19,2 bilhões para R$ 3,3 bilhões entre 2017 e 2021.

Quem mais perdeu exposição ao Fies em termos proporcionais foi a Cogna, com queda de participação na receita de 48,3% para 8,5%. A Ser é a que mantém a maior exposição, de 12,1%, ainda assim bastante inferior aos níveis de 2014, quando era de 48,1% de sua receita. A Ãnima terminou 2021 com exposição de 8,3% ao Fies e a Yduqs, que não divulgou números do ano passado, fechou 2020 com 11,1% de sua receita originada pelo Fies.

Já o ProUni seguiu crescendo em número de alunos e em incentivos fiscais, mostraram os dados compilados pelo BTG. Entre 2014 e 2020 o salto foi de 437,3 mil alunos para 566,6 mil alunos. A isenção de imposto atrelada ao ProUni aumentou de R$ 1,13 bilhão para R$ 2,95 bilhões entre 2014 e 2021.

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