São Paulo - Apesar do sentimento de cautela que afasta boa parte dos investidores pelo mundo dos ativos de risco, os estrangeiros tiveram a maior participação nas operações realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo em novembro. Os investidores externos responderam por 16,7% dos negócios no mercado acionário brasileiro, acumulando saldo positivo de R$ 1,595 bilhão no mês passado.

O montante corresponde a compras de R$ 43,665 bilhões e vendas de R$ 42,069 bilhões em ações, acumuladas entre os dias 1º e 30 de novembro. No ano, há um superávit acumulado de R$ 6,292 bilhões em capital externo na Bolsa brasileira.

No último pregão do mês, terça-feira (dia 30), entretanto, investidores estrangeiros estiveram mais presentes na ponta vendedora, o que resultou na saída de R$ 39,644 milhões em recursos externos da Bovespa. Na ocasião, o índice Bovespa fechou em baixa de 0,30%, aos 67.705,40 pontos. O volume financeiro ultrapassou R$ 10 bilhões.

Profissionais afirmam que as recentes quedas da Bolsa brasileira abriram boas oportunidades de compras, além disso, as incertezas com relação a China e países europeus e os baixos juros nos Estados Unidos continuam fazendo os estrangeiros a olhar com mais interesse para os papéis brasileiros. "Os estrangeiros precisam colocar seu dinheiro em um lugar que haja rentabilidade e na ausência de mercados para alocar seus recursos eles se voltam para o Brasil, onde existe um viés de alta e regulação consistente", avalia um operador.