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Estados Unidos podem retaliar aço brasileiro

O processo é mais uma pedra no sapato das duas siderúrgicas, que enfrentam dificuldades no mercado interno

CSN e Usiminas: o processo é mais uma pedra no sapato das duas siderúrgicas, que enfrentam dificuldades no mercado interno (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 14h09.

Rio - O Departamento de Comércio dos Estados Unidos quer taxar em 7,42% aços laminados a quente exportados pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Usiminas para o país.

O porcentual corresponde ao suposto incentivo recebido pelas companhias do governo brasileiro, como conclui a investigação preliminar do órgão americano divulgada esta semana.

O processo é mais uma pedra no sapato das duas siderúrgicas, que enfrentam dificuldades no mercado interno e já anunciaram demissões que podem atingir ao todo sete mil pessoas em suas usinas em Volta Redonda (RJ) e Cubatão (SP).

Como resultado da medida preliminar de direito compensatório, o Departamento de Comércio instruirá a alfândega americana a pedir depósitos em dinheiro sobre produtos das duas companhias que desembarquem nos EUA, com base na taxa de 7,42%.

Também haverá cobrança retroativa. As autoridades americanas vão estender as conclusões às demais siderúrgicas brasileiras.

As companhias não comentaram. A Usiminas informou, porém, que parou de exportar esses itens para o mercado americano quando surgiram rumores da retaliação.

De janeiro a setembro de 2015 a empresa exportou 38% de sua produção, dos quais 27% destinados aos EUA. A estratégia agora é se voltar para a Europa. Os americanos já tomaram medidas contra laminados a frio.

A medida comercial é preliminar, ou seja, as investigações ainda serão aprofundadas e as defesas apresentadas. A previsão é que uma decisão final do Departamento de Comércio seja tomada em 24 de maio. Depois disso, o caso vai à U.S. International Trade Comission (ITC), que dará a palavra final.

Com a demanda doméstica em baixa, as siderúrgicas vinham buscando elevar as exportações, mas a falta de competitividade e medidas de proteção comercial acabam dificultando esse caminho.

"Não faz sentido acusar o Brasil de subsídio, porque o país não dá subsídio (ao setor siderúrgico)", diz o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.

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Rio - O Departamento de Comércio dos Estados Unidos quer taxar em 7,42% aços laminados a quente exportados pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Usiminas para o país.

O porcentual corresponde ao suposto incentivo recebido pelas companhias do governo brasileiro, como conclui a investigação preliminar do órgão americano divulgada esta semana.

O processo é mais uma pedra no sapato das duas siderúrgicas, que enfrentam dificuldades no mercado interno e já anunciaram demissões que podem atingir ao todo sete mil pessoas em suas usinas em Volta Redonda (RJ) e Cubatão (SP).

Como resultado da medida preliminar de direito compensatório, o Departamento de Comércio instruirá a alfândega americana a pedir depósitos em dinheiro sobre produtos das duas companhias que desembarquem nos EUA, com base na taxa de 7,42%.

Também haverá cobrança retroativa. As autoridades americanas vão estender as conclusões às demais siderúrgicas brasileiras.

As companhias não comentaram. A Usiminas informou, porém, que parou de exportar esses itens para o mercado americano quando surgiram rumores da retaliação.

De janeiro a setembro de 2015 a empresa exportou 38% de sua produção, dos quais 27% destinados aos EUA. A estratégia agora é se voltar para a Europa. Os americanos já tomaram medidas contra laminados a frio.

A medida comercial é preliminar, ou seja, as investigações ainda serão aprofundadas e as defesas apresentadas. A previsão é que uma decisão final do Departamento de Comércio seja tomada em 24 de maio. Depois disso, o caso vai à U.S. International Trade Comission (ITC), que dará a palavra final.

Com a demanda doméstica em baixa, as siderúrgicas vinham buscando elevar as exportações, mas a falta de competitividade e medidas de proteção comercial acabam dificultando esse caminho.

"Não faz sentido acusar o Brasil de subsídio, porque o país não dá subsídio (ao setor siderúrgico)", diz o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.

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