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Emissões de COE somam R$ 207 milhões no 1º mês, diz Cetip

Maioria do volume emitido correspondeu a taxas de câmbio, de R$ 111 milhões, devido à volatilidade no mercado de moedas, segundo diretor comercial da Cetip

Câmbio: foram registradas na Cetip 241 operações de COE no primeiro mês, segundo ele, sendo 137 indexadas a índices e 91 a taxas de câmbio (Bruno Domingos/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 14h36.

São Paulo - As emissões de Certificados de Operações Estruturadas (COE), títulos de captação bancária que combinam ativos de renda fixa e variável, totalizaram R$ 207 milhões no primeiro mês do novo instrumento, conforme as emissões registradas até a quinta-feira, 6, na Cetip, a central depositária de títulos privados.

Do total, a maioria do volume emitido correspondeu a taxas de câmbio , de R$ 111 milhões, devido à volatilidade no mercado de moedas, conforme o diretor comercial da Cetip, Carlos Ratto.

"Projetamos crescimento ainda maior para o meses de fevereiro e março apesar de terem menos dias úteis. No primeiro mês de lançamento do COE, nem todos os bancos entraram e os que entraram não fizeram de forma tão efetiva, uma vez que começaram a emitir o novo instrumento entre o final janeiro e o começo de fevereiro", avaliou Ratto, em teleconferência com a imprensa, nesta manhã.

Caso o ritmo de crescimento de emissões de COE se mantenha ao longo de 2014, de acordo com o executivo, essas emissões podem alcançar montante mensal de R$ 300 milhões, empurrando o volume anual para quase R$ 3 bilhões, conforme já havia antecipado ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, em reportagem publicada na segunda-feira.

Ratto explicou, contudo, que o número não configura em uma projeção da empresa (guidance), uma vez que o volume de operações depende do cenário do mercado e do apetite de emissores e investidores.

Foram registradas na Cetip 241 operações de COE no primeiro mês, segundo ele, sendo 137 indexadas a índices e 91 a taxas de câmbio. O volume financeiro com índices chegou, conforme a Cetip, a R$ 62 milhões.

Basicamente, as emissões feitas foram com principal garantido, o que já era esperado pelo mercado, uma vez que no mercado internacional a maioria tem esse perfil. A segunda modalidade existente são operações de COE com valor nominal em risco.

Fundos de pensão

Um dos motores de crescimento para as emissões de Certificados de Operações Estruturadas (COE) é, na opinião do diretor comercial da Cetip, Carlos Ratto, o apetite dos fundos de pensão pelo novo instrumento.

"É uma alternativa interessantíssima para as fundações em um momento que elas querem alavancar retornos dos seus portfólios, além do acesso mais fácil a esse tipo de estrutura", avaliou ele, em teleconferência com a imprensa.

Outro impulsionador para os fundos de pensão investirem em COE, conforme Ratto, está relacionado a restrições legais. Isso porque essas fundações não podem fazer operação de balcão com derivativos, mas apenas com contraparte central. O COE, de acordo com ele, vem para resolver este entrave de uma forma mais fácil.

O diretor da Cetip citou ainda como impulsionadores para o crescimento das operações de COE no Brasil a distribuição pública do papel no âmbito da instrução 400 com a regulamentação de um Programa de Distribuição Contínua (PDC) para o novo instrumento por parte da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), prevista para sair neste ano.

Com o PDC para o novo papel, segundo Ratto, instituições bancárias que não têm rede de agências poderão emitir o novo instrumento. Isso porque esses bancos, em geral de investimento e multinacionais, dependem de parceiros distribuidores para oferecê-lo.

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São Paulo - As emissões de Certificados de Operações Estruturadas (COE), títulos de captação bancária que combinam ativos de renda fixa e variável, totalizaram R$ 207 milhões no primeiro mês do novo instrumento, conforme as emissões registradas até a quinta-feira, 6, na Cetip, a central depositária de títulos privados.

Do total, a maioria do volume emitido correspondeu a taxas de câmbio , de R$ 111 milhões, devido à volatilidade no mercado de moedas, conforme o diretor comercial da Cetip, Carlos Ratto.

"Projetamos crescimento ainda maior para o meses de fevereiro e março apesar de terem menos dias úteis. No primeiro mês de lançamento do COE, nem todos os bancos entraram e os que entraram não fizeram de forma tão efetiva, uma vez que começaram a emitir o novo instrumento entre o final janeiro e o começo de fevereiro", avaliou Ratto, em teleconferência com a imprensa, nesta manhã.

Caso o ritmo de crescimento de emissões de COE se mantenha ao longo de 2014, de acordo com o executivo, essas emissões podem alcançar montante mensal de R$ 300 milhões, empurrando o volume anual para quase R$ 3 bilhões, conforme já havia antecipado ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, em reportagem publicada na segunda-feira.

Ratto explicou, contudo, que o número não configura em uma projeção da empresa (guidance), uma vez que o volume de operações depende do cenário do mercado e do apetite de emissores e investidores.

Foram registradas na Cetip 241 operações de COE no primeiro mês, segundo ele, sendo 137 indexadas a índices e 91 a taxas de câmbio. O volume financeiro com índices chegou, conforme a Cetip, a R$ 62 milhões.

Basicamente, as emissões feitas foram com principal garantido, o que já era esperado pelo mercado, uma vez que no mercado internacional a maioria tem esse perfil. A segunda modalidade existente são operações de COE com valor nominal em risco.

Fundos de pensão

Um dos motores de crescimento para as emissões de Certificados de Operações Estruturadas (COE) é, na opinião do diretor comercial da Cetip, Carlos Ratto, o apetite dos fundos de pensão pelo novo instrumento.

"É uma alternativa interessantíssima para as fundações em um momento que elas querem alavancar retornos dos seus portfólios, além do acesso mais fácil a esse tipo de estrutura", avaliou ele, em teleconferência com a imprensa.

Outro impulsionador para os fundos de pensão investirem em COE, conforme Ratto, está relacionado a restrições legais. Isso porque essas fundações não podem fazer operação de balcão com derivativos, mas apenas com contraparte central. O COE, de acordo com ele, vem para resolver este entrave de uma forma mais fácil.

O diretor da Cetip citou ainda como impulsionadores para o crescimento das operações de COE no Brasil a distribuição pública do papel no âmbito da instrução 400 com a regulamentação de um Programa de Distribuição Contínua (PDC) para o novo instrumento por parte da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), prevista para sair neste ano.

Com o PDC para o novo papel, segundo Ratto, instituições bancárias que não têm rede de agências poderão emitir o novo instrumento. Isso porque esses bancos, em geral de investimento e multinacionais, dependem de parceiros distribuidores para oferecê-lo.

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