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Emissão de FIDCs despenca com Cruzeiro do Sul

Empresas levantaram R$ 2 bilhões por meio da emissão desses fundos entre janeiro e junho, contra R$ 6,6 bilhões no mesmo período do ano passado

Hebe Camargo em propaganda do Banco Cruzeiro do Sul: investigação está aprofundando a desaceleração no mercado de fundos de investimento em direitos creditórios (Divulgação)

Hebe Camargo em propaganda do Banco Cruzeiro do Sul: investigação está aprofundando a desaceleração no mercado de fundos de investimento em direitos creditórios (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2012 às 08h36.

São Paulo - A investigação do Banco Cruzeiro do Sul SA está aprofundando a desaceleração no mercado de R$ 25 bilhões em fundos de investimento em direitos creditórios, os chamados FIDCs.

Empresas levantaram R$ 2 bilhões por meio da emissão desses fundos entre janeiro e junho, contra R$ 6,6 bilhões no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a Anbima. Nos Estados Unidos, o volume de emissão de ativos securitizados deu um salto de 71 por cento, para US$ 117 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A Comissão de Valores Mobiliários está preparando novas regras para aumentar a transparência dos FIDCs em meio à investigação dos fundos do Cruzeiro do Sul. O banco foi colocado sob intervenção do Banco Central no mês passado por causa de “grave” violação de normas. O aumento na inadimplência e o maior cuidado do mercado restringiram as vendas desses fundos mesmo depois de o Banco Central ter cortado o juro básico em quatro pontos percentuais desde agosto para reativar a economia, disse Johann Grieneisen, analista para dívida estrutura da Moody’s Investors Service em São Paulo.

“Visto os baixos juros, o volume deveria ter aumentado. Então os baixos volumes representam ainda melhor que alguma coisa aconteceu neste mercado”, disse Grieneisen em entrevista por telefone. “Essas mudanças estão abordando um ponto muito válido, que não tinha sido realmente levado em conta por investidores no passado e agora está”.

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