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Emergentes vendem US$11,5 bi em bônus desde 1º de janeiro

Este valor de emissões é quase um quinto do total esperado para 2012

Neste ano, novos títulos vieram de Indonésia, Filipinas, Brasil, Colômbia, México, África do Sul, Polônia e Turquia, com apetite inesperadamente forte (Getty Images)

Neste ano, novos títulos vieram de Indonésia, Filipinas, Brasil, Colômbia, México, África do Sul, Polônia e Turquia, com apetite inesperadamente forte (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 12h56.

Londres - As emissões soberanas dos países emergentes levantaram 11,5 bilhões de dólares nos mercados globais de bônus desde o começo do ano, afirmou o banco JP Morgan nesta sexta-feira, destacando que este valor é quase um quinto do total esperado para 2012.

O recente aumento do apetite por risco permitiu a países desde a Turquia até o México acessarem os mercados, mantendo os volumes de venda de títulos em linha com as tendências do passado.

O JP Morgan, que detém os índices de dívida emergentes mais amplamente usados, disse que os dados dos últimos dez anos mostram que a média de janeiro é de uma emissão de 20 por cento do volume de todo o ano.

"Esse ritmo significa que 19 por cento da nossa previsão de emissão bruta para o ano inteiro foram atingidos nos primeiros 19 dias do ano", afirmaram os analistas do JP Morgan em nota.

Neste ano, novos títulos vieram de Indonésia, Filipinas, Brasil, Colômbia, México, África do Sul, Polônia e Turquia, com apetite inesperadamente forte, apesar das seguidas preocupações com a zona do euro e com um possível calote grego.

A operação mais recente é uma emissão da Turquia nesta semana, de 1,5 bilhão de dólares em títulos de 10 anos. Ela recebeu demanda de cerca de 4,5 bilhões de dólares.

Antes, uma venda de títulos filipinos de 1,5 bilhão de dólares neste mês atingiu uma impressionante demanda de 12,5 bilhões de dólares.

"Isso é para mostrar que este é um mercado em que é possível emitir títulos de dívida, pois há liquidez. Mas os créditos que estão chegando são créditos 'nobres' que, também, foram obrigados a oferecer prêmios (mais altos)," disse Luis Costa, diretor do CEEMEA FX e estrategista de dívida no Citi.

A Turquia, por exemplo, teve que pagar um prêmio de 20 pontos-base em seus atuais bônus de 10 anos. Além disso, o recente excesso de oferta significa que a maioria das novas emissões caiu nos mercados secundário -a diferença dos yields sobre o índice de dívida em dólar de mercados emergentes do JP Morgan ampliou-se em 5 pontos básicos neste ano.

"Se você descer no espectro dos ratings de crédito, será difícil colocar títulos," acrescentou Costa.

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