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Em pregão mais curto, Bovespa segue exterior e cai

Queda das bolsas norte-americanas e europeias levou Bovespa para baixo, mas o giro curto e o feriado paulista, amanhã, não proporcionaram grandes oscilações


	Bovespa: índice terminou a terça-feira, 8, em baixa de 0,31%, aos 53.634,69 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: índice terminou a terça-feira, 8, em baixa de 0,31%, aos 53.634,69 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 16h45.

São Paulo - O mau humor nas bolsas internacionais, somado ao estouro do teto da meta pelo IPCA acumulado até junho, segurou a Bovespa em queda neste pregão encurtado pelo jogo da seleção na semifinal da Copa do Mundo.

O Ibovespa chegou a abrir em alta, mas exibiu comportamento lateral até a abertura em Nova York.

A queda das bolsas norte-americanas - e também europeias - levou a bolsa doméstica para baixo, mas o giro curto e o feriado paulista, amanhã, não proporcionaram grandes oscilações.

O Ibovespa terminou a terça-feira, 08, em baixa de 0,31%, aos 53.634,69 pontos.

Na mínima, registrou 53.459 pontos (-0,64%) e, na máxima, 53.905 pontos (+0,19%). No mês, acumula ganho de 0,88% e, no ano, de 4,13%. O giro financeiro totalizou R$ 3,102 bilhões.

O prognóstico na abertura era de um pregão apático, com giro fraco, já que hoje a bolsa fechou mais cedo e os investidores estavam mais ansiosos pelo resultado do jogo contra a Alemanha do que pelo pregão em si.

Os primeiros negócios foram em alta e o volume realmente não mostrava sinais de melhora. Mas ele ganhou um pouco mais de forma após a abertura em Nova York.

E foi justamente o início dos negócios nos Estados Unidos que deram direção, de baixa, para a Bovespa.

As bolsas lá exibiam mau humor em parte por causa do elevado valor das ações, após as altas que conduziram os índices a recordes na última semana.

Além disso, hoje à noite começa a temporada de balanços do segundo trimestre com a Alcoa e o mercado vai olhar se a recuperação que os últimos indicadores mostraram se repetiram nos resultados das empresas.

No primeiro trimestre, o inverno rigoroso foi apontado como causa para números não muito satisfatórios e agora é hora de provar se essa explicação tinha mesmo fundamento.

No Brasil, foi o IPCA que deu o tom negativo, depois que a alta de 0,40% em junho levou o resultado acumulado em 12 meses para 6,52%, acima do teto de 6,50%.

Os especialistas do mercado acreditam que a inflação deve voltar ao intervalo da meta - longe do centro de 4,5% ainda, portanto - em setembro.

A ata do Fomc, amanhã, também contribuiu para a cautela por aqui, já que a reação ao conteúdo do documento só acontecerá na quinta-feira, depois do feriado da Revolução Constitucionalista de 1932, que deixa a BM&FBovespa fechada nesta quarta-feira.

A lista de maiores altas hoje na Bovespa foi liderada por BB ON (+1,57%), Marfrig ON (+1,20%) e BB Seguridade ON (+1,01%). A de maiores quedas, por Oi PN (-5,68%), MMX ON (-3,83%) e Santander unit (-3,14%).

Ainda no setor financeiro, Bradesco PN caiu 1,08% e Itaú Unibanco PN, 0,53%.

Em relatório, o Morgan Stanley manteve a perspectiva de "underweight" para o crédito bancário do Brasil ao longo de um período de seis meses devido a uma combinação de fatores, incluindo alavancagem elevada na economia ampla, crescimento lento e expansão excessiva de crédito.

Vale ON subiu 0,03% e PNA, 0,29%. O Barclays elevou o papel de underweight para equalweight. Petrobras ON teve elevação de 0,19% e a PN, de 0,29%.

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