São Paulo - A Bovespa subiu 1 por cento nesta quinta-feira, recuperando o terreno perdido na véspera, puxada pelas ações de bancos privados e da Petrobras e seguindo os passos das bolsas norte-americanas.

O Ibovespa fechou em alta de 1,08 por cento, a 47.093 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,8 bilhões de reais.

O movimento desta quinta, segundo participantes do mercado, ocorreu em reação à queda de 1,07 por cento registrada na quarta-feira devido a temores sobre o crescimento da China e à crise na Ucrânia.

"A queda de ontem pareceu um pouco exagerada, mesmo com esse possível conflito entre Rússia e Ucrânia, que pode pesar nas commodities", disse o analista de renda variável João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.

Para o economista Fausto Gouveia, da Legan Asset, também contribuíram para a alta da Bovespa o avanço das bolsas norte-americanas, após os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caírem mais do que o esperado na semana passada, e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro.

"A ata do Copom deixou a ideia para o mercado de que haverá mais uma alta no juro de 0,25 ponto percentual, o que, por incrível que pareça, é positivo, pois mostra um comprometimento com a meta inflacionária", disse.

As ações dos maiores bancos privados do país Itaú Unibanco e Bradesco subiram forte e deram as maiores contribuições positivas ao Ibovespa, ao lado da estatal Petrobras.

A ação preferencial da petroleira, que está sendo negociada abaixo de 14 reais e nas cotações mínimas desde 2005, teve uma correção técnica, fundamentada em dados recentes de produção, disse Gouveia. Na máxima da sessão, o papel chegou a subir mais de 3 por cento, tendo fechado em alta de 1,05 por cento.

A estatal divulgou na véspera que bateu novo recorde de produção no pré-sal, mas nesta quinta anunciou queda de 2,4 por cento na produção de petróleo em janeiro ante dezembro.

Encabeçaram a ponta positiva do Ibovespa neste pregão as ações da construtora MRV Engenharia e da companhia elétrica Copel, enquanto a aérea Gol e a empresa do setor de educação Kroton lideraram as perdas.