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Onde estão as melhores oportunidades da bolsa, segundo a BlackRock

Estrategista da maior gestora do mundo fala em nova globalização e vê empresas de commodities sendo beneficiadas pela economia chinesa

Black Rock: gestora vê o início de um processo de globalização diferente do acostumado (Toru Hanai/Reuters)

Black Rock: gestora vê o início de um processo de globalização diferente do acostumado (Toru Hanai/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 16h41.

Última atualização em 8 de dezembro de 2020 às 20h55.

Confiante com o cenário para ações no mundo todo, a BlackRock está ainda mais otimista com os mercados emergentes, que vê saindo na frente em meio à recuperação da economia global. Embora não esconda sua preferência pela Ásia, a gestora vê boas oportunidades na bolsa brasileira, principalmente em ações de empresas ligadas à economia chinesa.

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“Os setores de papel, minério de ferro e alimentos, onde a China é a compradora, terão a possibilidade de captar um reinício [econômico] mais rápido do que os que dependem da economia doméstica, que vai demorar mais tempo para retomar o processo de recuperação”, afirmou Axel Christensen, estrategista-chefe de investimentos da BlackRock na América Latina. Segundo ele, o alto nível de desemprego deve levar a uma retomada econômica mais lenta não só no Brasil, mas em toda a América Latina.

Christensen também pontuou que investidores estrangeiros seguem preocupados com a instabilidade fiscal do Brasil, que elevou o nível da dívida pública para financiar programas de estímulos econômicos durante a pandemia. “A crise voltou a colocar a manutenção do equilíbrio fiscal no centro da atenção. É muito importante a capacidade de autoridades levar o gasto fiscal de volta a uma trajetória sustentável”, disse.

Apesar dos desafios internos, Christensen vê os ativos da América Latina sendo beneficiados pela recuperação das principais economias do mundo, em especial da chinesa. De acordo com o estrategista da BlackRock, o pujante crescimento da China, mesmo em meio a um cenário adverso, está levando a uma reconfiguração da globalização, com efeitos, inclusive, no mundo dos investimentos.

“Vamos ver um processo de globalização diferente do que estamos acostumados cunhado por Estados Unidos e China. A economia chinesa está tomando cada vez mais importância, se recuperando muito mais rápido. Há uma tendência estrutural muito importante de investidores incrementando exposição a ativos chineses, tanto em renda variável como em títulos”, afirma.

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