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Dow Jones e o S&P 500 superam máximas históricas

Otimismo se deu com o crescimento das encomendas de bens manufaturados à indústria norte-americana, o que indica a continuação da recuperação econômica do país


	Wall Street: índices norte-americanos também receberam suporte do relaxamento dos termos do pacote de resgate internacional ao Chipre e do otimismo do mercado acionário europeu.
 (©AFP/Archives / Timothy A. Clary)

Wall Street: índices norte-americanos também receberam suporte do relaxamento dos termos do pacote de resgate internacional ao Chipre e do otimismo do mercado acionário europeu. (©AFP/Archives / Timothy A. Clary)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 17h50.

Nova York - As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, com o Dow Jones e o S&P 500 superando suas máximas históricas, registradas pela última vez na quinta-feira da semana passada. O otimismo se deu com o crescimento das encomendas de bens manufaturados à indústria norte-americana, o que sinaliza a continuação da recuperação econômica do país. Os índices norte-americanos também receberam suporte do relaxamento dos termos do pacote de resgate internacional ao Chipre e do otimismo do mercado acionário europeu.

O Dow Jones ganhou 89,16 pontos (0,61%) e fechou a 14.662,01 pontos - um novo recorde. O S&P 500 avançou 8,08 pontos (0,52%) e fechou a 1.570,25 pontos, após chegar perto, durante a sessão, da sua máxima intraday histórica de 1.576,09. E o Nasdaq fechou com alta de 15,69 pontos (0,48%), a 3.254,86 pontos.

Wall Street sentiu os efeitos positivos das praças europeias, mas também recebeu sustentação de um indicador em linha com o esperado e do avanço das ações de seguradoras de saúde. As encomendas à indústria dos EUA subiram 3,0% em fevereiro, conforme as estimativas, o que ofuscou a queda no índice de condições empresariais de Nova York medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) para 51,2 em março, o resultado mais baixo desde outubro de 2012.

Quanto às seguradoras, as ações reagiram à decisão dos órgãos reguladores dos EUA de alterar as tarifas pagas pelos planos Medicare Advantage inicialmente propostas em fevereiro. Com as mudanças, no próximo ano as seguradoras deverão ganhar mais dinheiro com a operação desses planos do que esperavam.

"O mercado não está sendo direcionado pelo crescimento, e é por isso que as ações de algumas áreas têm se destacado mais. Ainda estamos em um mundo onde o Chipre ou as eleições italianas podem chacoalhar os mercados financeiros", disse Brian Rauscher, estrategista da Robert W. Baird.


No setor corporativo, além das seguradoras, a Hewlett-Packard também foi destaque, porém negativo, após ter a pior performance do Dow Jones, caindo 5,21% devido a um rebaixamento pelo Goldman Sachs. As ações da Apple fecharam com alta de 0,21%, longe das máximas da sessão, após o Wall Street Journal informar que a companhia pretende iniciar a montagem da nova geração do iPhone no segundo trimestre. Já o Groupon recuou 5,54% após a Sheridan afirmar que a companhia "tem um modelo de negócios controverso" e que está passando por uma troca de gestão.

Os investidores podem limitar seu entusiasmo esta semana, antes das aguardadas decisões de política monetária de bancos centrais europeus e do Japão, além do relatório sobre empregos dos EUA, que será divulgado na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.

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