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Dólar volta a ficar abaixo de R$2 com atuação do BC e exterior

O dólar fechou com queda de 1,11 por cento, cotado a 1,9874 real na venda

Dólares: moeda chegou à menor cotação no fechamento desde o dia 29 de maio (Mark Wilson/Getty images)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2012 às 18h02.

São Paulo - O dólar recuou mais de 1 por cento frente ao real nesta segunda-feira, caindo pela terceira sessão seguida e fechando abaixo de 2 reais, menor nivel em pouco mais de um mês.

Segundo operadores, o mercado ainda está reagindo à forte atuação do Banco Central na semana passada, também diante de um cenário externo um pouco melhor, após anúncios de medidas na zona do euro na sexta-feira.

O dólar fechou com queda de 1,11 por cento, cotado a 1,9874 reais na venda. Trata-se da menor cotação no fechamento desde o dia 29 de maio deste ano, quando encerrou a 1,9864 reais na venda.

Diante da forte aversão ao risco vista na semana passada antes da cúpula da União Europeia (UE) na sexta-feira e com o dólar se aproximando de 2,10 reais, a autoridade monetária fez três leilões de swap cambial tradicional -equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro.

O BC vendeu todos os 180 mil contratos ofertados na semana passada, mostrando que havia demanda no mercado e movimentando quase 9 bilhões de dólares.

Após essa atuação do BC e também com um maior otimismo no cenário internacional, depois que líderes da UE anunciarem medidas para combater a crise da região, o dólar despencou mais de 3 por cento no pregão passado, levando a divisa a anular a alta que acumulava em junho e encerrar o mês com desvalorização de 0,38 por cento.


Apesar das medidas anunciadas lá fora trazerem alguma tranquilidade, ainda há dúvidas sobre como serão executadas.

Pesou ainda indicadores econômicos negativos no mundo, que podem atrapalhar a recuperação dos mercados financeiros.

Nesta segunda-feira, por exemplo, a Finlândia informou que pretende impedir que o fundo de resgate permanente da zona do euro, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), compre títulos governamentais em mercados secundários.

Também foram divulgados em alguns países dados negativos sobre o setor de manufaturados, como os dados de atividade da indústria dos Estados Unidos, que recuaram para 49,7 em junho, ante 53,5 no mês anterior.

Com isso, o dólar registrou alta nesta segunda-feira ante outras moedas. Às 17h50, ante uma cesta de medidas, o dólar subia cerca de 0,30 por cento.

Diante desse cenário, operadores alertaram ainda que a divisa norte-americana pode mostrar alguma volatilidade, reagindo também à percepção do fraco crescimento no Brasil, que pode tornar o país menos atrativo para investimentos estrangeiros.

"A demanda dos leilões do final da semana passada parece já ter contemplado a necessidade do mercado e as medidas na Europa já fizeram com que investidores ficassem mais tranquilos. Mas nada impede que a moeda suba de novo. Por enquanto, acredito que possa continuar em torno desse patamar", disse o superintendente de câmbio da Intercam Corretora de Câmbio, Jaime Ferreira.

O sócio-gestor da Vetorial Asset, Sérgio Machado, por sua vez, afirmou que o mercado brasileiro tem tido movimentos exagerados e alguma especulação, tanto com o dólar subindo quanto caindo frente ao real, o que acontece também em função da atuação do BC.

Para ele, o Banco Central vai continuar atento e fazendo a moeda se manter no que chamou de "banda informal" entre 1,90 e 2,10 reais. Perto dos 2,10 reais, o BC poderia voltar a fazer leilões de swap tradicional e, abaixo de 1,90 real, acredita que aumenta a chance do BC voltar a comprar dólares no mercado à vista.

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São Paulo - O dólar recuou mais de 1 por cento frente ao real nesta segunda-feira, caindo pela terceira sessão seguida e fechando abaixo de 2 reais, menor nivel em pouco mais de um mês.

Segundo operadores, o mercado ainda está reagindo à forte atuação do Banco Central na semana passada, também diante de um cenário externo um pouco melhor, após anúncios de medidas na zona do euro na sexta-feira.

O dólar fechou com queda de 1,11 por cento, cotado a 1,9874 reais na venda. Trata-se da menor cotação no fechamento desde o dia 29 de maio deste ano, quando encerrou a 1,9864 reais na venda.

Diante da forte aversão ao risco vista na semana passada antes da cúpula da União Europeia (UE) na sexta-feira e com o dólar se aproximando de 2,10 reais, a autoridade monetária fez três leilões de swap cambial tradicional -equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro.

O BC vendeu todos os 180 mil contratos ofertados na semana passada, mostrando que havia demanda no mercado e movimentando quase 9 bilhões de dólares.

Após essa atuação do BC e também com um maior otimismo no cenário internacional, depois que líderes da UE anunciarem medidas para combater a crise da região, o dólar despencou mais de 3 por cento no pregão passado, levando a divisa a anular a alta que acumulava em junho e encerrar o mês com desvalorização de 0,38 por cento.


Apesar das medidas anunciadas lá fora trazerem alguma tranquilidade, ainda há dúvidas sobre como serão executadas.

Pesou ainda indicadores econômicos negativos no mundo, que podem atrapalhar a recuperação dos mercados financeiros.

Nesta segunda-feira, por exemplo, a Finlândia informou que pretende impedir que o fundo de resgate permanente da zona do euro, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), compre títulos governamentais em mercados secundários.

Também foram divulgados em alguns países dados negativos sobre o setor de manufaturados, como os dados de atividade da indústria dos Estados Unidos, que recuaram para 49,7 em junho, ante 53,5 no mês anterior.

Com isso, o dólar registrou alta nesta segunda-feira ante outras moedas. Às 17h50, ante uma cesta de medidas, o dólar subia cerca de 0,30 por cento.

Diante desse cenário, operadores alertaram ainda que a divisa norte-americana pode mostrar alguma volatilidade, reagindo também à percepção do fraco crescimento no Brasil, que pode tornar o país menos atrativo para investimentos estrangeiros.

"A demanda dos leilões do final da semana passada parece já ter contemplado a necessidade do mercado e as medidas na Europa já fizeram com que investidores ficassem mais tranquilos. Mas nada impede que a moeda suba de novo. Por enquanto, acredito que possa continuar em torno desse patamar", disse o superintendente de câmbio da Intercam Corretora de Câmbio, Jaime Ferreira.

O sócio-gestor da Vetorial Asset, Sérgio Machado, por sua vez, afirmou que o mercado brasileiro tem tido movimentos exagerados e alguma especulação, tanto com o dólar subindo quanto caindo frente ao real, o que acontece também em função da atuação do BC.

Para ele, o Banco Central vai continuar atento e fazendo a moeda se manter no que chamou de "banda informal" entre 1,90 e 2,10 reais. Perto dos 2,10 reais, o BC poderia voltar a fazer leilões de swap tradicional e, abaixo de 1,90 real, acredita que aumenta a chance do BC voltar a comprar dólares no mercado à vista.

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