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Dólar volta a cair ante real em dia de definição da Ptax

Após o fechamento da taxa, a percepção de que o BC quer dólar mais fraco voltou à tona

Dólares: a moeda norte-americana encerrou a sessão com desvalorização de 0,15% (Oscar Siagian/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 16h45.

A definição da taxa Ptax, que servirá de referência para liquidação de derivativos cambiais na sexta-feira (01), trouxe volatilidade para os negócios com dólares na manhã desta quinta-feira. Enquanto os investidores vendidos no mercado futuro puxavam o dólar para baixo, os comprados exerciam pressão contrária.

Após a Ptax fechar, no início da tarde, a negociação da moeda deixou de lado os fatores técnicos e se firmou no território negativo, para terminar cotada a R$ 1,9870 no balcão, em baixa de 0,15%. No mês, o dólar recuou 2,84% ante o real no balcão. Profissionais disseram que, finalizada a briga pela Ptax, voltou a predominar no mercado a percepção de que um dólar mais fraco interessa ao Banco Central, como forma de conter a inflação.

Na cotação máxima do dia, o dólar no balcão marcou R$ 1,9930 (+0,15%) e, na mínima, R$ 1,9830 (-0,35%). Da máxima para a mínima, a moeda oscilou -0,50%. Às 17h14 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 4,253 bilhões. Já o dólar pronto da BM&F, com apenas sete negócios, fechou em baixa de 0,18%, a R$ 1,9880. No mercado futuro, o dólar com vencimento em fevereiro era cotado a R$ 1,9885, com queda de 0,05%, enquanto a moeda para março era cotada a R$ 1,9975, com baixa de 0,03%.

Nos últimos dias, a queda da moeda à vista no balcão já vinha favorecendo os vendidos no mercado futuro, mas hoje os comprados ainda pressionaram para que a moeda avançasse ante o real. No fim, a Ptax fechou em R$ 1,9883, com leve queda de 0,09% e recuo acumulado de 2,70% em janeiro. A Ptax do fechamento de mês registrada nesta quinta-feira é a mais baixa desde a taxa do fim de abril de 2012, quando marcou R$ 1,8919.

Definida a Ptax, o viés de queda para o dólar voltou. "Independentemente da alta localizada em um dia ou em outro, está bem claro que a prioridade do Banco Central é controlar a inflação. Os preços estão batendo lá em cima e o BC está agindo", comentou Paulo Fujisaki, gestor da área cambio da corretora Socopa. "O movimento continua ditado pelo que o mercado entende como possíveis sinalizações sobre a condução da política cambial em relação à inflação", acrescentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.

A percepção do mercado gira em torno de um dólar mais baixo para conter os preços a despeito de, na quarta-feira (30), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter afirmado que o câmbio não é um instrumento para controlar a inflação.

Pela manhã, o governo trouxe uma novidade para o cenário, ao publicar decreto que zera a alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de estrangeiros em fundos de investimentos imobiliários. A medida, que busca incentivar este mercado, não traz efeitos de curto prazo relevantes para o câmbio. Mas, conforme alguns analistas, está é mais uma porta de entrada de recursos que é destravada pelo governo, após as ações do fim do ano passado para reduzir as barreiras à entrada de dólares e em um momento em que o fluxo cambial no Brasil segue negativo.

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A definição da taxa Ptax, que servirá de referência para liquidação de derivativos cambiais na sexta-feira (01), trouxe volatilidade para os negócios com dólares na manhã desta quinta-feira. Enquanto os investidores vendidos no mercado futuro puxavam o dólar para baixo, os comprados exerciam pressão contrária.

Após a Ptax fechar, no início da tarde, a negociação da moeda deixou de lado os fatores técnicos e se firmou no território negativo, para terminar cotada a R$ 1,9870 no balcão, em baixa de 0,15%. No mês, o dólar recuou 2,84% ante o real no balcão. Profissionais disseram que, finalizada a briga pela Ptax, voltou a predominar no mercado a percepção de que um dólar mais fraco interessa ao Banco Central, como forma de conter a inflação.

Na cotação máxima do dia, o dólar no balcão marcou R$ 1,9930 (+0,15%) e, na mínima, R$ 1,9830 (-0,35%). Da máxima para a mínima, a moeda oscilou -0,50%. Às 17h14 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 4,253 bilhões. Já o dólar pronto da BM&F, com apenas sete negócios, fechou em baixa de 0,18%, a R$ 1,9880. No mercado futuro, o dólar com vencimento em fevereiro era cotado a R$ 1,9885, com queda de 0,05%, enquanto a moeda para março era cotada a R$ 1,9975, com baixa de 0,03%.

Nos últimos dias, a queda da moeda à vista no balcão já vinha favorecendo os vendidos no mercado futuro, mas hoje os comprados ainda pressionaram para que a moeda avançasse ante o real. No fim, a Ptax fechou em R$ 1,9883, com leve queda de 0,09% e recuo acumulado de 2,70% em janeiro. A Ptax do fechamento de mês registrada nesta quinta-feira é a mais baixa desde a taxa do fim de abril de 2012, quando marcou R$ 1,8919.

Definida a Ptax, o viés de queda para o dólar voltou. "Independentemente da alta localizada em um dia ou em outro, está bem claro que a prioridade do Banco Central é controlar a inflação. Os preços estão batendo lá em cima e o BC está agindo", comentou Paulo Fujisaki, gestor da área cambio da corretora Socopa. "O movimento continua ditado pelo que o mercado entende como possíveis sinalizações sobre a condução da política cambial em relação à inflação", acrescentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.

A percepção do mercado gira em torno de um dólar mais baixo para conter os preços a despeito de, na quarta-feira (30), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter afirmado que o câmbio não é um instrumento para controlar a inflação.

Pela manhã, o governo trouxe uma novidade para o cenário, ao publicar decreto que zera a alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de estrangeiros em fundos de investimentos imobiliários. A medida, que busca incentivar este mercado, não traz efeitos de curto prazo relevantes para o câmbio. Mas, conforme alguns analistas, está é mais uma porta de entrada de recursos que é destravada pelo governo, após as ações do fim do ano passado para reduzir as barreiras à entrada de dólares e em um momento em que o fluxo cambial no Brasil segue negativo.

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