Mercados

Dólar vira e sobe a R$ 3,61 após pesquisa eleitoral para Presidência

Às 12:02, o dólar avançava 0,44 por cento, a 3,6165 reais na venda, depois tocar a mínima de 3,5732 reais

O dólar anulou a queda de mais cedo e subia para o patamar de 3,61 reais nesta segunda-feira (Tsokur/Thinkstock)

O dólar anulou a queda de mais cedo e subia para o patamar de 3,61 reais nesta segunda-feira (Tsokur/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 14 de maio de 2018 às 12h05.

Última atualização em 21 de maio de 2018 às 12h32.

São Paulo - O dólar anulou a queda de mais cedo e subia para o patamar de 3,61 reais nesta segunda-feira, com o mercado reagindo a uma pesquisa eleitoral que indicou a preferência por candidatos que os investidores enxergam como menos comprometidos com ajuste fiscal.

Às 12:02, o dólar avançava 0,44 por cento, a 3,6165 reais na venda, depois tocar a mínima de 3,5732 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,15 por cento.

"O mercado não gostou da pesquisa. Ciro cresceu... Marina está em segundo lugar", afirmou o gestor de derivativos de uma corretora local.

Pesquisa de intenção de voto CNT/MDA divulgada nesta manhã mostrou que, num cenário sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato, Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 18,3 por cento, à frente de Marina Silva (Rede), com 11,2 por cento, e com Ciro Gomes (PDT), em terceiro, com 9 por cento.

No levantamento de março, Bolsonaro tinha 20 por cento no cenário sem Lula, enquanto Marina aparecia com 12,8 por cento e Ciro tinha 8,1 por cento.

A poucos meses das eleições presidenciais de outubro, o quadro ainda é incerto. Investidores temem que um candidato que considerem menos comprometido com o ajuste fiscal desponte como favorito.

A atuação mais reforçada do Banco Central no mercado de câmbio contribuía para conter um pouco o movimento de alta da moeda norte-americana nesta sessão.

Após o fechamento do pregão passado, após o dólar ter acumulado alta de 5,54 por cento nas últimas três semanas, o BC anunciou oferta adicional de swap cambial tradicional, equivalente à venda no mercado futuro. A partir de agora, fará um leilão para a rolagem dos contratos que vencem em junho e outro para a oferta de 5 mil novos swaps.

"Com esta nova postura, o BC terá ainda liberdade para, eventualmente, promover intervenções mais flexíveis e, eventualmente, mais agressivas", escreveu o chefe de multimercados da gestora Icatu Vanguarda, Dan Kawa, em relatório.

Até então, o BC vinha fazendo único leilão por dia, no total de 8,9 mil contratos que, se tivesse sido mantido todos os dias até o encerramento do mês, rolaria o total de junho de 5,650 bilhões de dólares e ainda injetaria 2,8 bilhões de dólares adicionais. Os novos contratos, até então, só entrariam no sistema quando fosse concluída a rolagem do vencimento do mês que vem.

Nesta sessão, o BC vendeu integralmente a oferta de até 5 mil novos swaps e de até 4,225 mil para rolagem, já somando 3,326 bilhões de dólares do total que vence em junho.

Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem.

No mercado externo, o dólar recuava ante a cesta de moedas e passou a subir ante a maioria das divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarEleições 2018Pesquisas eleitorais

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado