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Dólar tem queda por cenário exterior e atuação do Banco Central

Às 10:26, o dólar recuava 0,37 por cento, a 3,9043 reais na venda, depois de fechar a segunda-feira em alta de 0,73 por cento, a 3,9187 reais

O dólar operava com pequena baixa ante o real nesta terça-feira (Sergey Nazarov/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 09h33.

Última atualização em 11 de dezembro de 2018 às 10h34.

São Paulo  - O dólar operava com pequena baixa ante o real nesta terça-feira, em dia de certa recuperação no mercado internacional e com o anúncio de atuação do Banco Central no câmbio, após a moeda subir 2 por cento em cinco pregões e terminar a véspera no maior nível em mais de dois meses.

Às 10:26, o dólar recuava 0,37 por cento, a 3,9043 reais na venda, depois de fechar a segunda-feira em alta de 0,73 por cento, a 3,9187 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,3 por cento.

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"Tudo indica que a intervenção do BC será capaz de conter a pressão sobre a moeda estrangeira, sinalizando claramente que repetirá o movimento toda vez que fatores externos promoverem a desvalorização artificial da moeda nacional", escreveu a corretora Correparti em relatório.

Para os analistas da corretora, o BC "manteve a coerência" ao chamar os leilões após a moeda norte-americana ter se aproximado do patamar de 3,95 reais.

O Banco Central realizará nesta terça-feira leilão de até 1 bilhão de dólares em linha para prover liquidez ao mercado cambial. É o quarto leilão de novos contratos feito desde o final de novembro pela autoridade, que ainda rolou mais 1,25 bilhão de dólares que venciam no início deste mês. Em novos contratos, foram 4 bilhões de dólares até o momento.

"A preocupação é que a tensão externa se some ao período onde as empresas direcionam recursos para suas matrizes e a intervenção visa dar liquidez e segurar um pulo mais forte do dólar ante o real na reta final do ano", escreveu o analista da corretora Mirae Pedro Galdi.

As preocupações que içaram a moeda norte-americana na véspera em todo o globo ainda não se dissiparam, entre eles a desaceleração econômica global, guerra comercial entre Estados Unidos e China e o Brexit.

Nesta manhã, um porta-voz da primeira-ministra britânica Theresa May disse que o governo vai tentar votar o acordo fechado com a União Europeia sobre o Brexit - previsto inicialmente para esta terça-feira e adiado na véspera - antes de 21 de janeiro. A data prevista para o Reino Unido deixar o bloco econômico é 29 de março.

Além disso, China e EUA discutiram nesta terça-feira o roteiro para o próximo estágio de suas negociações comerciais, durante uma ligação telefônica entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, e o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, o que ajudou a aliviar os mercados.

Nesta manhã, no entanto, o dólar caía ante a cesta de moedas e exibia baixas tímidas ante as divisas de emergentes, como o peso mexicano.

Internamente, os investidores seguiam monitorando o noticiário político local, a poucos dias de ter início o novo governo.

O BC também realiza leilão de até 13,83 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de dezembro, no total de 10,373 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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