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Dólar tem pregão de oscilação reduzida e baixa liquidez

Após o forte recuo na sessão anterior, havia a expectativa de que a moeda norte-americana apresentasse ganhos consistentes para encerrar a semana

Dólar: moeda à vista terminou nesta sexta-feira, 11, com discreta alta de 0,05%, cotado a R$ 2,180 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 17h35.

São Paulo - O dólar à vista terminou nesta sexta-feira, 11, com discreta alta de 0,05%, cotado a R$ 2,180, em um pregão marcado por baixa liquidez e oscilações reduzidas.

Após o forte recuo na sessão anterior, havia a expectativa de que a moeda norte-americana apresentasse ganhos consistentes para encerrar a semana. A cotação até avançou em vários momentos, mas o movimento não teve força. No exterior, a expectativa com um possível acordo sobre o impasse fiscal dos Estados Unidos favorecia a busca por ativos de maior risco, em detrimento do dólar.

Na mínima, a moeda dos EUA atingiu R$ 2,176 (-0,14%) no balcão e, na máxima, marcou R$ 2,188 (+0,41%). No mercado futuro, o dólar para novembro caía 0,11%, a R$ 2,1875.

"No exterior, as Bolsas estavam com boa performance, com o dólar, em geral, perdendo de novo. Isso contribuiu para que o mercado, no Brasil, não se ajustasse tanto à queda (do dólar) de ontem", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.

De acordo com o operador, alguns exportadores visualizaram, com a queda da véspera, o dólar mudando de patamar e resolveram internalizar recursos. "Se eles não fizeram a operação quando o dólar estava acima de R$ 2,20, eles fazem isso agora, antes que a moeda caia ainda mais", afirmou.

O profissional, no entanto, não visualiza a moeda em patamares muito mais baixos. "Pode ser que o mercado queira testar um dólar abaixo de R$ 2,15, mas isso é exagerado", disse, lembrando que a alta da Selic, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira, 09, abre a perspectiva de que haja entrada de mais recursos no País.

"O cenário externo está mais favorável, com Janet Yellen sendo conduzida ao comando do Federal Reserve e a perspectiva de retirada gradual dos estímulos do Fed à economia. Isso dá mais liberdade para os investidores buscarem ativos de maior risco", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora. "Ontem, de um grupo de 16 moedas, o real foi a que mais de valorizou (queda do dólar). E hoje o mercado continuou com viés positivo, em busca de risco. Como o dólar caiu muito ontem no Brasil, ele fica perto da estabilidade hoje", justificou.

À tarde, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, falou a jornalistas em Washington, reiterando que a instituição vai trabalhar para evitar a volatilidade excessiva da taxa cambial. Segundo ele, o programa de intervenções diárias no câmbio ajudou a dar previsibilidade ao mercado. Mais cedo, o BC fez dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), oferecendo um total de US$ 1 bilhão.

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São Paulo - O dólar à vista terminou nesta sexta-feira, 11, com discreta alta de 0,05%, cotado a R$ 2,180, em um pregão marcado por baixa liquidez e oscilações reduzidas.

Após o forte recuo na sessão anterior, havia a expectativa de que a moeda norte-americana apresentasse ganhos consistentes para encerrar a semana. A cotação até avançou em vários momentos, mas o movimento não teve força. No exterior, a expectativa com um possível acordo sobre o impasse fiscal dos Estados Unidos favorecia a busca por ativos de maior risco, em detrimento do dólar.

Na mínima, a moeda dos EUA atingiu R$ 2,176 (-0,14%) no balcão e, na máxima, marcou R$ 2,188 (+0,41%). No mercado futuro, o dólar para novembro caía 0,11%, a R$ 2,1875.

"No exterior, as Bolsas estavam com boa performance, com o dólar, em geral, perdendo de novo. Isso contribuiu para que o mercado, no Brasil, não se ajustasse tanto à queda (do dólar) de ontem", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.

De acordo com o operador, alguns exportadores visualizaram, com a queda da véspera, o dólar mudando de patamar e resolveram internalizar recursos. "Se eles não fizeram a operação quando o dólar estava acima de R$ 2,20, eles fazem isso agora, antes que a moeda caia ainda mais", afirmou.

O profissional, no entanto, não visualiza a moeda em patamares muito mais baixos. "Pode ser que o mercado queira testar um dólar abaixo de R$ 2,15, mas isso é exagerado", disse, lembrando que a alta da Selic, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira, 09, abre a perspectiva de que haja entrada de mais recursos no País.

"O cenário externo está mais favorável, com Janet Yellen sendo conduzida ao comando do Federal Reserve e a perspectiva de retirada gradual dos estímulos do Fed à economia. Isso dá mais liberdade para os investidores buscarem ativos de maior risco", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora. "Ontem, de um grupo de 16 moedas, o real foi a que mais de valorizou (queda do dólar). E hoje o mercado continuou com viés positivo, em busca de risco. Como o dólar caiu muito ontem no Brasil, ele fica perto da estabilidade hoje", justificou.

À tarde, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, falou a jornalistas em Washington, reiterando que a instituição vai trabalhar para evitar a volatilidade excessiva da taxa cambial. Segundo ele, o programa de intervenções diárias no câmbio ajudou a dar previsibilidade ao mercado. Mais cedo, o BC fez dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), oferecendo um total de US$ 1 bilhão.

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