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Dólar tem maior alta semanal em 2 meses e Bolsa fecha no vermelho

Moeda dos EUA fechou cotada a 3,77, com o mercado ajustando as apostas para a velocidade nos cortes de juros

Moeda dos EUA fechou cotada a R$ 3,77 frente ao real. (Divulgação/Thinkstock)
TL

Tais Laporta

Publicado em 26 de julho de 2019 às 17h19.

Última atualização em 26 de julho de 2019 às 17h54.

O dólar caiu ante o real nesta sexta-feira (26), mas ganhou força no acumulado da semana. A moeda acumulou a maior alta para o período em mais de dois meses, em meio a ajustes nas expectativas sobre a disposição dos bancos centrais cortarem os juros pelo mundo.

A cotação foi influenciada por fluxos pontuais para a formação da Ptax (taxa média calculada pelo Banco Central perto do fim do mês) em dia de leilão de linhas do Banco Central.

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O dólar à vista fechou em queda de 0,24%, a 3,7734 reais na venda. Na semana, acumulou valorização positiva de 0,75%, a mais forte desde a semana encerrada em 17 de maio, quando avançou 4%.

Após a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, a moeda norte-americana chegou a subir frente ao real e atingir 3,7950 reais, na máxima do dia. A maior economia do mundo divulgou que o crescimento desacelerou para 2,1%, menos que as expectativas do mercado.

Ibovespa cai na semana

Em uma semana dominada por balanços, o principal índice acionário brasileiro fechou o período no vermelho, com queda acumulada de 0,61% . Contudo, o Ibovespa avançou 0,16% nesta sexta, acompanhando mercados do exterior, mas os papéis da Petrobras limitaram o ganho após a decepção do mercado com a divulgação de dados fracos da empresa. O indicador ficou na casa dos 102.818,93 pontos.

Os dados do PIB dos EUA impulsionaram os índices de Wall Street, ao ampliar as expectativas de que o Federal Reserve fará um corte na taxa de juros na reunião na próxima semana.

No caso do Brasil, uma pesquisa Reuters com 27 economistas mostrou que a maioria espera um corte de 0,25 ponto percentual na Selic na próxima semana, levando a taxa para 6,25% ao ano. Dez dos economistas consultados preveem 6% e três aguardam manutenção dos atuais 6,5% ao ano.

A equipe do BTG Pactual destacou o foco de atenções nos resultados das empresas, que têm feito preço nas ações, embora a bolsa esteja passando pelo que eles consideram como um processo de acomodação. Isso tem se refletido em giros financeiros menoress, informa uma nota enviada pela área de gestão do banco.

Destaques do dia

As ações da PETROBRAS recuaram mais de 3%, após a companhia divulgar queda de 0,5% da produção de petróleo e LGN no Brasil no segundo trimestre e reduzir sua meta para o ano, em meio à venda de ativos, redução da produção em campos maduros e manutenção em atividades, apesar de avanço de 17% nas importantes áreas do pré-sal.

A siderúrgica USIMINAS subiu 1,38%, após reportar lucro líquido de 171 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo de 19 milhões de reais um ano antes, com as receitas crescendo ajudadas por preços maiores de minério de ferro e aço no período e de maiores volumes de venda de aço. Em teleconferência com analistas, executivos da companhia afirmaram que a empresa deverá voltar a elevar preços médios de aço no terceiro trimestre.

O dia foi intenso também para as companhias aéreas. A GOL saltou 6,35% e AZUL subiu 1,97%. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve indicar na próxima semana quais empresas ficarão temporariamente com os horários de pousos e decolagens (slots) da Avianca Brasil no aeroporto de Congonhas.

A rede de farmácias RAIA DROGASIL valorizou-se 3,37%. A companhia está entre os setores que podem se beneficiar de potencial efeito positivo no consumo com a liberação de saques do FGTS anunciada nesta semana pelo governo brasileiro.

A ação da WEG avançou 2,5%, apoiada em balanço trimestral considerado sólido no segundo trimestre, quando registrou alta de 15,6% no lucro líquido sobre um ano antes, apoiada em crescimento de exportações e melhoras operacionais.

A mineradora VALE recuou 0,51%, mesmo com avanço dos futuros do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian, após a China descartar a definição de restrições à produção da indústria pesada durante o inverno, incluindo para siderúrgicas, apesar de sua campanha antipoluição.

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