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Dólar tem maior alta em quase 4 meses, a R$1,589

São Paulo - O dólar registrou a maior alta em quase quatro meses nesta terça-feira, reagindo à combinação de maior aversão a risco no exterior e saída de recursos do mercado local, numa sessão em que o governo reiterou que está atento a movimentos excessivos no câmbio. A moeda norte-americana fechou com valorização de 0,82 […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 17h09.

São Paulo - O dólar registrou a maior alta em quase quatro meses nesta terça-feira, reagindo à combinação de maior aversão a risco no exterior e saída de recursos do mercado local, numa sessão em que o governo reiterou que está atento a movimentos excessivos no câmbio.

A moeda norte-americana fechou com valorização de 0,82 por cento, para 1,589 real na venda. Foi a maior apreciação diária desde 14 de janeiro, quando a cotação avançou 0,96 por cento.

"O mercado está basicamente acompanhando a recuperação do dólar lá fora. Mas aqui a alta foi mais forte porque você ainda tem o BC (Banco Central) retirando mais dólares e diminuindo ainda mais a liquidez", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.

Enquanto o mercado de câmbio encerrava suas operações, o Ibovespa, principal índice das ações domésticas, recuava cerca de 1,7 por cento, na mínima desde fevereiro. O tom nas bolsas em Nova York também era negativo.

Ambos os mercados sofriam com a queda generalizada das commodities, principalmente o petróleo, que nos Estados Unidos fechou em baixa superior a 2 por cento devido a preocupações com a demanda em meio à recuperação do dólar no exterior.

"O mercado também está sentindo os efeitos do IOF, já que deu uma reduzida no fluxo", comentou Julio Hegedus, economista da Interbolsa do Brasil, referindo-se à imposição de uma alíquota de 6 por cento sobre contratações de empréstimos externos com prazo de até dois anos, anunciada pelas autoridades no início de abril.

As atuações do Banco Central sobre o mercado se mantiveram nesta sessão, com a autoridade monetária realizando dois leilões de compra de dólar no mercado à vista e definindo como corte as taxas de 1,5895 real e 1,5882 real.

Há apenas alguns dias, o dólar era cotado próximo das mínimas desde janeiro de 1999. Mas desde a semana passada a moeda vem se ajustando para cima, em meio à redução da entrada de capitais no último mês e às investidas do governo contra a valorização excessiva do real.

Investidores conhecerão na quarta-feira os números relativos ao fluxo cambial de abril. De acordo com os dados mais recentes, o ingresso de moeda ao país desacelerou a 133 milhões de dólares em abril até dia 20. Para efeito comparativo, apenas nos três primeiros meses de 2011, o fluxo cambial fora superavitário em mais de 35 bilhões de dólares.

Os players acompanharam ainda as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o câmbio. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Mantega afirmou que nenhuma medida está descartada para conter a desvalorização do dólar frente ao real. "O câmbio é uma área que exige muita criatividade pelo governo", afirmou.

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São Paulo - O dólar registrou a maior alta em quase quatro meses nesta terça-feira, reagindo à combinação de maior aversão a risco no exterior e saída de recursos do mercado local, numa sessão em que o governo reiterou que está atento a movimentos excessivos no câmbio.

A moeda norte-americana fechou com valorização de 0,82 por cento, para 1,589 real na venda. Foi a maior apreciação diária desde 14 de janeiro, quando a cotação avançou 0,96 por cento.

"O mercado está basicamente acompanhando a recuperação do dólar lá fora. Mas aqui a alta foi mais forte porque você ainda tem o BC (Banco Central) retirando mais dólares e diminuindo ainda mais a liquidez", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.

Enquanto o mercado de câmbio encerrava suas operações, o Ibovespa, principal índice das ações domésticas, recuava cerca de 1,7 por cento, na mínima desde fevereiro. O tom nas bolsas em Nova York também era negativo.

Ambos os mercados sofriam com a queda generalizada das commodities, principalmente o petróleo, que nos Estados Unidos fechou em baixa superior a 2 por cento devido a preocupações com a demanda em meio à recuperação do dólar no exterior.

"O mercado também está sentindo os efeitos do IOF, já que deu uma reduzida no fluxo", comentou Julio Hegedus, economista da Interbolsa do Brasil, referindo-se à imposição de uma alíquota de 6 por cento sobre contratações de empréstimos externos com prazo de até dois anos, anunciada pelas autoridades no início de abril.

As atuações do Banco Central sobre o mercado se mantiveram nesta sessão, com a autoridade monetária realizando dois leilões de compra de dólar no mercado à vista e definindo como corte as taxas de 1,5895 real e 1,5882 real.

Há apenas alguns dias, o dólar era cotado próximo das mínimas desde janeiro de 1999. Mas desde a semana passada a moeda vem se ajustando para cima, em meio à redução da entrada de capitais no último mês e às investidas do governo contra a valorização excessiva do real.

Investidores conhecerão na quarta-feira os números relativos ao fluxo cambial de abril. De acordo com os dados mais recentes, o ingresso de moeda ao país desacelerou a 133 milhões de dólares em abril até dia 20. Para efeito comparativo, apenas nos três primeiros meses de 2011, o fluxo cambial fora superavitário em mais de 35 bilhões de dólares.

Os players acompanharam ainda as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o câmbio. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Mantega afirmou que nenhuma medida está descartada para conter a desvalorização do dólar frente ao real. "O câmbio é uma área que exige muita criatividade pelo governo", afirmou.

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